
Nos próximos dias serão realizadas as exéquias, cerimônias fúnebres relacionadas ao Papa Francisco. Após esse período, que dura cerca de nove dias, terá início a preparação oficial para o Conclave.
O jornalista Victor Pinto destacou, em sua coluna Esse é o Ponto, a delicadeza do momento vivido pela Igreja Católica com a morte do Papa Francisco e explicou como está sendo conduzido o processo de transição.
Então, a gente está nesse processo preparatório, mas não se fala no âmbito da igreja de conclave propriamente dito, oficialmente, por causa desse período do luto, esse momento das exéquias, mas os cardeais já foram convocados para irem ao Vaticano, participarem desses atos litúrgicos e religiosos, os atos fúnebres. Foi isso que Dom Sérgio nos contou e já está no Vaticano. Posterior a esse momento das exéquias, os nove dias de luto, é que acontece a convocação propriamente dita, oficial, da realização da votação do conclave que vai eleger o novo Papa.”, afirma Victor.
Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e atual arcebispo Primaz do Brasil, tem sido apontado como uma figura de destaque no cenário da Igreja neste período de transição. Sua trajetória e influência o coloca entre os principais nomes com potencial de protagonismo na escolha do novo Papa.
Dos sete brasileiros, Dom Sérgio é o que mais desponta na atual conjuntura como um mobilizador dessa futura eleição. Além de ser esse cardeal entre os sete, ele já foi, por exemplo, presidente da CNBB, que é um órgão muito importante aqui no Brasil, já foi a ser bispo de Teresina, já foi bispo auxiliar de Fortaleza, já foi arcebispo de Brasília, tem um tem uma característica muito forte dessa sua posição diplomática, pastoral. Então, por isso que Dom Sérgio surge como um nome a ser considerado e mais do que isso, o ponto principal dessa situação é que Dom Sérgio, ele é C nove, que é o C nove, é um existe um grupo formado por pelo Papa Francisco de nove cardeais que assessoravam o Papa nas suas decisões.”
A expectativa é que o Conclave comece entre os dias 6 e 11 de maio, após o cumprimento do período de luto e das solenidades que antecedem oficialmente a escolha do novo Papa.
O colunista também comentou sobre as expectativas em relação à origem do novo Papa, embora ainda seja incerto, é possível observar algumas tendências geográficas:
Eu, particularmente, acho difícil o raio cair duas vezes no mesmo lugar, porque nós já tivemos um papa sul-americano, a tendência é que há uma geografia aí voltada mais para a Europa ou para a Ásia, o continente asiático, mas é muito difícil a gente prever o que vai acontecer desse conclave.”
Confira a coluna completa:
Por Amanda Motta, sob supervisão