Economia

Operar plano individual é desafio no Brasil, diz executivo da Alice

A Alice só passou a vender para empresas quando teve cobertura nacional. No começo, os atendimentos eram apenas em São Paulo. Azevedo diz que a venda dos dois tipos de planos (individuais e empresariais) causava confusão no mercado e esse foi um dos motivos para a companhia decidir seguir apenas com os destinados a empresas.

Mas por que os empresariais e não os coletivos? Azevedo explica que a decisão tem ligação com a quantidade de vidas disponíveis no mercado e a dificuldade de operar um plano individual no Brasil.

A grande verdade é que crescemos até um pouco mais de 20 mil membros no individual. Só que o empresarial tem 80% das novas vidas no Brasil, representa 80% do mercado. Sair do zero para 20 mil já é bastante. Agora precisamos ir para um número bem maior. Fizemos uma escolha consciente e decidimos focar no B2B [de empresa para empresa].
Guilherme Azevedo, cofundador da Alice

O plano individual só funciona para operadoras com um modelo de gestão de saúde — que diz ser o caso da Alice. Para o executivo, operar planos individuais é um desafio pelo fato de o reajuste ser determinado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Hoje a ANS determina qual o valor máximo de reajuste que as operadoras podem aplicar nos planos individuais. Os planos empresariais são livres para aplicar o aumento que desejarem, sem existir uma fórmula ou limite estabelecidos. O setor costuma criticar o valor dos reajustes, dizendo que a inflação médica pressiona os planos e a sinistralidade alta também encarece os custos. A sinistralidade é a taxa de uso daquele plano. Quanto mais as pessoas usam o plano, maiores os custos para a operadora — que são repassados a todos na hora do reajuste.

É um baita desafio operar um produto [individual], hoje 70% da nossa base é individual. Não é trivial assim, é difícil. Você tem que ter um modelo operacional de saúde, que é esse que eu te mostrei, que permita que você consiga fazer gestão coordenada de saúde, baseada em ciência.
Guilherme Azevedo, cofundador da Alice


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