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Prefeitura afirma que vai colaborar com Operação Dropout

Ação da PF cumpriu 30 mandados contra grupo acusado de fraudes da Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista

A prefeitura de Vitória da Conquista afirma que está colaborando com as investigações da Operação Dropout, que apura um esquema de desvio de recursos públicos da Secretaria Municipal de Saúde em 2020, durante as ações de combate à pandemia da Covid-19.

Em nota publicada na tarde desta quinta-feira (25), a gestão municipal informou que vai atender a todas as solicitações da Polícia Federal e da CGU_ Controladoria-geral da União.

Setenta policiais federais e 10 auditores da Controladoria-Geral da União participaram da operação que cumpriu 30 mandados para desarticular uma organização criminosa.

Dezoito ordens judiciais de busca e apreensão e 12 medidas cautelares diversas foram cumpridas na manhã desta quinta (25) em Conquista e Salvador, além das cidades de Belo Horizonte e Nova Lima, em Minas Gerais.
As investigações apontam que houve superfaturamento na compra de testes de detecção do coronavírus no ano de 2020.

Os exames eram fornecidos por uma empresa investigada com sede na capital baiana, os quais eram importados de uma segunda organização com sede em Belo Horizonte, que tinha como sócia, na época, uma pessoa com parentesco próximo à então Diretora de Vigilância em Saúde municipal de Conquista.

Segundo a PF, os processos licitatórios com indícios de fraude totalizavam R$ 2.030.000,00, com comprovação de superfaturamento de preços e prejuízo de, no mínimo, R$ 677.700,00 em duas licitações.

A denúncia foi apresentada à PF e ao Ministério Público Federal em 2022 pela própria Procuradoria do Município de Conquista, quando tomou conhecimento da possível fraude.

Em entrevista à Band, o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Cobb, explicou que os suspeitos aproveitaram a situação de emergência vivida no período para praticar a fraude.

Além dos mandados judiciais, foi determinado também o bloqueio judicial no valor de dois milhões e trinta mil reais R$ 2.030.000,00 das contas e bens dos principais investigados, além da apreensão de objetos de valor.
O delegado informou que ninguém foi preso até o momento, mas algumas medidas já foram tomadas.

Os envolvidos podem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude licitatória, peculato e destruição de documento público, cujas penas máximas podem somar mais de 40 anos de prisão.

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