Projeto Raízes da Cidadania expande atuação e chega a mais cinco municípios na Bahia
Iniciativa do Ministério Público busca reduzir a mortalidade infantil, combater a evasão escolar e fortalecer políticas públicas em municípios com indicadores sociais críticos

O projeto Raízes da Cidadania avança na Bahia e, a partir desta segunda-feira (17), será implementado em mais cinco municípios das regiões centro-norte e nordeste do estado: Umburanas, Novo Triunfo, Baixa Grande, Caturama e Caém.
A iniciativa, liderada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), tem como principal objetivo reverter fragilidades sociais em áreas essenciais como saúde, educação, meio ambiente e direitos da criança e do adolescente.
Promotores de Justiça e servidores do MPBA iniciarão um mapeamento detalhado dos serviços públicos nesses municípios para identificar demandas e direcionar ações concretas. A expectativa é que, ao longo de dois anos, os índices de mortalidade infantil, evasão escolar e cobertura de saneamento básico apresentem melhorias significativas.
Os dados do Painel Social do MPBA evidenciam desafios expressivos. Em Umburanas, por exemplo, a taxa de mortalidade infantil em 2022 foi de 38,76 por mil nascidos vivos, muito acima da média nacional de 12,5 por mil registrada em 2023.
Além disso, a evasão escolar no ensino fundamental preocupa: em 2020, atingiu 5,6% em Umburanas e 7,8% em Novo Triunfo, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep).
Diante desse cenário, o procurador-geral de Justiça, Pedro Maia, reforça a importância do projeto. “O Raízes da Cidadania promove ações estruturadas e monitoradas para transformar a realidade social dos municípios mais vulneráveis da Bahia”, destacou.
O projeto foi iniciado em novembro de 2024 nos municípios de Caraíbas, Itaju do Colônia, Itarantim e Maiquinique, no sudoeste baiano. Agora, com a expansão, as equipes do MPBA visitarão unidades escolares, postos de saúde, conselhos tutelares e casas de acolhimento, coletando dados para subsidiar políticas públicas mais eficazes.
Além disso, reuniões públicas serão realizadas com gestores municipais, lideranças e representantes da sociedade civil para discutir metas e ouvir as demandas da população. “A iniciativa fortalece a mobilização conjunta entre poder público, sistema de justiça e sociedade civil, garantindo soluções com impactos reais”, afirmou a promotora de Justiça Patrícia Medrado, coordenadora da Gestão Estratégica (CGE).