Tcnico abre o jogo sobre Bia Haddad e tem objetivo de ttulo de Grand Slam

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Em entrevista ao podcast New Balls Please, com Fernando Meligeni e Fernando Nardini, Rafael Paciaroni abriu o jogo sobre o momento atual de Bia Haddad Maia, quando veio o ponto de curva pra baixo e o processo em busca da recuperação e o objetivo para o futuro. Crédito: FFT
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Paciaroni revelou que a derrota para a italiana Jasmine Paolini de virada em Dubai, em março, foi o ponto negativo para a temporada que vem sendo irregular da tenista paulistana.
“As coisas mudam muito rápido, tanto pra bom como pra ruim. Os pontos legais pra falar é o jogo contra a Paolini em Dubai que muda um pouco o ano dela e o da Bia. No fundo, no fundo é tudo recente, a gente olha parece que a gente tá nesse nível por muito tempo, mas não é verdade. 2022 é um ano que ela vem de 82 do mundo pra 15. 2023 é o primeiro ano de fato onde ela entra de cabeça de chave como favorita para fazer coisas grandes. Tivemos bons resultados. Em 2024 é uma segunda tentativa, ela já se sente mais experiente e pronta, mais preparada, mas é tudo muito recente, falta maturidade para lidar com algumas coisas da rigidez e para não ficar uma aba aberta, ela fez uma pré-temporada incrível, o arsenal dela melhorou como um todo, hoje ela faz mais coisas que não fazia. O que aconteceu é que junto com essa sensação de estar mais preparada, vem a rigidez junto, ok, agora estou batendo melhor na bola, faço isso e aquilo melhor, não deveria estar jogando um 3 a 3 com essa adversária no terceiro set, isso te traz uma rigidez e uma pressão desnecessária. Então, assim, é um aprendizado novo, é o segundo ano, o arsenal aumentou, as expectativas também aumentaram, ela com ela mesma. É o nosso papel tentar reequilibrar. Tivemos um momento de desequilíbrio. De Bad Homburg pra cá tivemos um dia-a-dia com mais equilíbrio de novo nos treinos. Tenho certeza que conseguindo manter a estrutura de treinos e etc., sou um pouquinho exigente…as coisas vão acontecer. As coisas mudam muito rápido”, disse p técnico que trabalha desde 2021 com a brasileira.
Ele comentou mais sobre aquele jogo contra Paolini e falou como Bia Haddad é uma marcadora de nível no circuito e esteve perto do nível mental de Iga Swiatek no ano passado: “Esse jogo de Dubai, primeira rodada, já tinhamos jogado contra ela em Pequim, Bia teve 6/3 3/1, Bia em Dubai fazia ano regular, em Abu Dhabi ela perde um jogo pra Kasatkina que doeu muito nela, ela tinha ganho no treino dela de 6/2 6/1. A gente viaja pra Doha de manhã no domingo, segunda de manhã quadra muito rápida, jogando de noite, daria pra competir melhor. Chega esse jogo contra a Paolini ela ganhando 6/4 4/2 não lembro se era 30 a 15 ou 40 a 15 e a Paolini ganha dez games seguidos, vence o torneio, muda o ano dela. O tênis nunca te abandona. Algo que nunca tinha acontecido com a Bia. Costumo dizer que tem algumas jogadoras que marcam o nível do circuito, você ganha dessas jogadoras, você muda e a Bia é uma dessas marcadoras de nível. Quem ganha da Bia está com nível muito próximo.”
“A partir daí o ano dela passa a ser irregular mentalmente. Quando terminamos Roland Garros do ano passado poderia afirmar tranquilamente que ela e a Iga eram as duas melhores mentalmente do circuito naquele momento, de aguentar as idas e vindas. Um ano depois, quando termina Miami já estavamos em outro patamar psicológico. Não é que ela piorou, as outras melhoraram.”
Sobre as diferenças em relação ao último ano, Paciaroni exemplificou: “Antes a Bia abaixava nível também, mas reagia muito rápido. Em 2022 ganhou uns 17 ou 18 jogos no terceiro set, agora aconteceu essa questão, da rigidez. O tênis vem e te cobra muito caro. Quando se abre muito as abas ela automaticamente a velocidade da bola baixa, ela começa a ficar mais previsível em todos os golpes – não tem problema ser assim – mas a qualidade estava alta, com imponência. Ela tem consciência disso”.
Paciaroni diz ser aberto a escutar críticas construtivas, que fazem parte do processo. Para ele, Bia vai se recuperar e vai em busca do objetivo que é ganhar um Grand Slam.
“Nesse momento eu tenho que fechar abas, momento de simplificar. De uma maneira é uma questão de convencimento, é uma hora de fechar abas, pensamento abre muitas questões, simplificar as ações. Como equipe somos muito integrados. Quando começamos o trabalho a Bia tinha muitas cãibras e fomos investigar, era de estresse, fluxo de pensamento, aquilo te trava. Hoje temos uma jogadora que não se lesiona. Em 2021 que é o primeiro ano nosso, ela teve seis episódios de cãibra, ela fez 101 jogos de simples, começou o ano 369, essas cãibras de tensão. Perdeu três desses jogos com cãibra. 2022 ela teve um episódio de cãibra. 2023 zero, 2024 zero. Hoje ela é uma fortaleza. Precisamos retomar um processo. Ela está muito consciente , estamos bem estruturados, temos coisas para melhorar, estamos conscientes disso. Escutamos algumas pessoas, mas bem poucas porque se for escutar todo mundo você perde sua identidade e o trabalho”.
“Não podemos privar alguém da verdade. A Bia é extremamente capaz de lidar com tudo. Ela tem uma força interna que é algo impressionante, capacidade diária de se reinventar gigantesca. Tem consciência do momento que o tênis brasileiro estava, que é bem diferente de quatro anos atrás e de hoje que é extremamente favorável. Vejo ela totalmente preparada. Ela é tem um papel. Como ela é uma pessoa muito querida, tem um papel humano que gostaria sempre de fazer a diferença, isso não é um peso pro barco, não entra em quadra essa discussão. Bia pode fazer coisas maiores, vai fazer coisas maiores. O que existe é uma questão de contribuir para”.
“Hoje a Bia faz muito mais coisas, mas existe uma rigidez que agora voltou a baixar. A questão agora é de tempo, não pode ser passivo, não pode ter o anseio, se não dá burnout, o que aconteceu com várias jogadoras, se não ela chega e diz que não quer mais jogar. Temos que conduzir sem o comodismo, mas tomar cuidado pra não pesar a mão pro jogador não chegar e dizer que não quer mais jogar”.
Para Paciaroni, Bia não tem, pelo menos por enquanto, o objetivo de ser a número 1 do mundo: “Essa é a primeira geração extremamente acessível. Ela ficou acessível em tempo real. Não acho positivo quando uma crítica que te afetar de uma maneira. Aí eu discordo. Quando ela é feita para gerar um ganho. Eu me faria críticas, eu jé me faço. É um jogador, uma peça humana. Variável que afetam a performance são inúmeras. O objetivo dela é ser uma campeã de um Grand Slam. Trabalhamos pra isso. Ser número 1 do mundo em não diria, seria uma realidade pra quem está ali dois, três do mundo, Coco Gauff, Rybakina. Quando se está 10 está muito longe. É inacreditável a capacidade do trabalho e o processo da Bia. As críticas devem ser direcionadas mesmo , eu estou aqui, meu trabalho precisa ser melhor, me cobro todos os dias para me redescobrir. Eu vou selecionar o que cabe agora ou não das críticas. Se você não tiver preparado para a crítica é impossível viver. Eu nunca tive instagram , não tenho nenhuma mídia social. A exposição é dela, mérito é dela. Quando se dá uma entrevista é uma responsabilidade muito grande, não acho que eu tenha algo a agregar ali falando uma vez por mês , mas de vez em quando claro. Claro, tenho que melhorar o trabalho. Agora tem o tempo das coisas. Ela ficoiu 2 anos top 15, top 20, é muita coisa.”
O treinador comentou também que Bia Haddad chegou a treinar dois dias antes de Wimbledon com Barbora Krejcikova e a brasileira vencia com conforto. Duas semanas depois a tcheca vencia o torneio e a brasileira caía na terceira rodada.
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