Red Bull ficou de ‘mãos atadas’ por causa de teto de gastos
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A Red Bull está passando por uma reestruturação interna, principalmente após uma série de demissões, incluindo a de Adrian Newey e Jonathan Wheatley. Agora, a equipe de Fórmula 1 expõe que se tornou quase impossível fazer contra-propostas por conta do teto de gastos.
Enquanto Newey partirá para a Aston Martin, o diretor esportivo Wheatley se tornará chefe de equipe da Sauber/Audi, enquanto o chefe de estratégia Will Courtenay também assumirá a McLaren como diretor esportivo.
A notícia das demissões dessas peças-chave se tornou manchete depois que a equipe começou a ter uma temporada bastante difícil, com Max Verstappen sem conquistar uma vitória desde o GP da Espanha, em junho.
Embora algumas pessoas apontem que essas demissões são um importante sinal de que a Red Bull entrará em declínio e está em apuros, essas transferências não são incomuns no paddock. No entanto, para o time de Milton Keynes, o que mudou é que o teto de gastos não permite uma boa margem para que contra-propostas sejam feitas.
Christian Horner, o chefe da equipe, comentou os desafios de gerir o time e conseguir recrutar nomes experientes:
“Você não pode ter um Galactus porque não pode comprá-lo. Você tem que ver o que é rentável e isso o força a tomar algumas decisões muito difíceis”.
“É duro. Jonathan era um diretor esportivo muito bom, mas era um ativo caro. Então você tem que considerar as coisas. Quando ele teve a chance de vir para a Audi, a resposta foi: ‘Quer saber? Acho que você deveria escolher isso porque os regulamentos são o que são. Nossas opções e o que podemos fazer por você aqui são limitados”.
Foto de: Charles Coates / Motorsport Images
Horner defende que entende perfeitamente as motivações para os funcionários seniores quererem seguir em frente – especialmente quando as circunstâncias lhes permitiram assumir uma posição que não estava disponível na Red Bull, além do aumento salarial.
No entanto, essas demissões apresentam um lado positivo para quem continua na escuderia, pois permite que outros assumam posições mais elevadas na organização atual – proporcionando-lhes um desenvolvimento de carreira que os impede de se sentirem presos e terem de procurar outro lugar.
“Jonathan está aqui há muito tempo e teve a oportunidade de ser chefe de equipe. Ele não teve a oportunidade de fazer isso aqui e seu papel tornou-se cada vez mais unidimensional porque ele nunca esteve aqui. Ele estava sempre na pista”.
“Ele se adiantou e isso permitiu que outros se aproximassem naturalmente. Precisamos desse desenvolvimento. O mesmo acontece com Will Courteney e a estratégia. Ele está aqui há 20 anos. Conversamos sobre outras funções dentro do grupo. A McLaren ofereceu-lhe um papel maior com um salário muito elevado e neste momento é preciso dizer: boa sorte, pode ir!”
“Ao mesmo tempo, dá a Hannah Schmitz a oportunidade de avançar, o que, se ela não tivesse tido essa oportunidade, teria sido o alvo número um de alguém. Há desenvolvimento em todas as organizações. Tivemos menos de 5% de rotatividade, por isso há uma enorme lealdade dentro da equipe”.
Horner acredita que, desde 2005, a equipe se tornou muito mais forte e “fantástica”, não apenas com os funcionários que trabalham em conjunto para entregarem um bom carro aos pilotos, mas com seus próprios competidores.
Newey não queria deixar a F1
Uma das demissões mais dramáticas da Red Bull foi a de Adrian Newey, que esteve com os taurinos por mais de 10 anos. O britânico assinou com a Aston Martin e começará a trabalhar na equipe em março de 2025.
Embora o ‘mago’ do automobilismo tenha contribuído para o sucesso dos carros ao longo dos anos, Horner disse que a parceria chegou ao fim de maneira natural. Ao ser questionado se a saída de Newey estaria relacionada às polêmicas do início do ano, Christian explicou:
“Acho que há uma tempestade perfeita onde é muito fácil dizer, bem, isso causou isto e aquilo causou aquilo. Mas a realidade é que essas coisas são completamente independentes umas das outras”.
“A saída do Adrian da equipe foi algo que já no final de 2023, acho que ele estava cada vez mais em conflito na própria cabeça. Nosso acordo era que ele se aposentaria da F1 no final de 2025 e atuaria apenas como mentor. Caso contrário, eu teria perdido os outros técnicos para algumas equipes rivais”.
Ao aceitar o novo desafio com a Aston Martin, Newey não será apenas diretor técnico, mas também terá total controle sobre o desenvolvimento do carro e se tornará um dos acionistas do time de Silverstone.
“Acho que ele sentiu que seu tempo na F1 ainda não havia acabado, então tomou decisões por seus próprios motivos, que são compreensíveis”.
“O acordo que ele conseguiu com a Aston Martin, com as ações e assim por diante, é algo que simplesmente não estava em discussão aqui. Entendo que Adrian queira fazer mais uma rodada na F1 e, como acionista e parceiro de uma equipe, certamente não o culpo por isso”.
“Com 140 de dólares milhões para gastar, cada centavo deve ser gasto com muita sabedoria. E, claro, ao longo dos anos, as equipes maiores às vezes me ungiram com um pouco de gordura. O teto de custo promoveu a eficiência”.
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