Automobilismo

Por que é difícil para sul-americanos terem sucesso

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Com apenas cinco corridas disputadas na temporada 2024 da Fórmula 1, o argentino Franco Colapinto vem deixando sua marca no grid da principal categoria do automobilismo mundial e, de quebra, vem colocando o talento sul-americano novamente nos holofotes.

No momento, Colapinto é o único piloto sul-americano do grid, mas outros, como Felipe Drugovich, seguem no radar da categoria, enquanto Gabriel Bortoleto é um forte candidato à vaga da Sauber em 2025, o que pode aumentar o número de representantes do continente.

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Quando questionado na coletiva de imprensa pré-GP de São Paulo sobre a possibilidade de ter mais companheiros de grid sul-americanos, Colapinto comparou sua experiência na ‘escada’ para a F1 com a dos colegas europeus.

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“Seria ótimo [ter um segundo sul-americano no grid]. Acho que isso mostra como as coisas estão melhorando. Lewis já falou muitas vezes sobre as dificuldades que teve. Eu tive muitas também. Tive muitas dificuldades ao sair do meu país e ir para a Europa quando era muito jovem. Quando se está muito longe da família, você passa por dificuldades”.

“Quando você é europeu, a corrida acaba, você pega um voo de uma hora e volta para casa para estar com a sua família na mesma noite. Para mim foi o total oposto. Aos 14 anos, morando sozinho, voltando de um fim de semana difícil, precisava de um abraço, e você não tem isso. Você está completamente sozinho, o que torna tudo um pouco mais difícil”.

“É claro que a parte orçamentária é a mais difícil, e é por isso que temos tanta dificuldade. Acho que há muito talento na América do Sul, e nós o mostramos quando alguém tem uma chance. Essa é a parte mais importante. Acho que hoje em dia isso está melhorando muito”.

O argentino falou ainda sobre como foi recebido pelos pilotos do grid, comparando com a situação de Hamilton, que havia comentado mais cedo na coletiva que não havia sido bem-recebido pelos companheiros quanto entrou na categoria, em 2007.

“Lewis já disse que, para ele, era muito importante ser acolhedor e devolver um pouco do que ele achava que não tinha recebido em sua época. E tenho sentido isso hoje em dia, está melhorando muito. Tenho muito apoio. Todos ao meu redor têm me dado muito apoio. E eles me envolveram em cada detalhe, o que é muito bom de se ver”.

“E acho muito empolgante ver como estamos progredindo como sociedade. E sim, também os pilotos, todos têm sido muito receptivos. Tem sido muito bom. O respeito que Lewis tem demonstrado nas últimas corridas”.

“E desde que cheguei, tem sido algo muito especial para mim e muito importante, eu acho, para o esporte. Então, acho que será ótimo se outra pessoa vier no futuro, mais sul-americanos. E se eu puder ficar para ter dois, será incrível. Vamos torcer por isso”. 

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