
Pesquisadores da área da saúde na Bahia têm até o dia 16 de maio para submeter projetos ao Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS). A iniciativa, promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), por meio da Chamada Pública nº 03/2025, tem como objetivo fomentar pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação que contribuam diretamente para melhorar a qualidade da atenção à saúde no estado.
Um dos temas prioritários destacados é a doença falciforme, uma condição genética que afeta de forma significativa a população baiana e exige avanços tanto no diagnóstico quanto no tratamento e acolhimento dos pacientes.
O PPSUS é um programa nacional estruturado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Decit/SECTICS/MS), em parceria com instituições estaduais. Na Bahia, o programa conta com o apoio da Fapesb, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), e da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).
A proposta é incentivar soluções locais para desafios específicos do sistema de saúde baiano. Os projetos aprovados receberão apoio financeiro e institucional para serem desenvolvidos com foco na realidade regional. “Esse tipo de fomento é essencial para que os pesquisadores atuem diretamente nas necessidades da população e fortaleçam o Sistema Único de Saúde (SUS) com base em evidências científicas locais”, destaca a Fapesb.
O que é doença falciforme?
A doença falciforme é uma condição hereditária que afeta os glóbulos vermelhos do sangue, fazendo com que eles assumam a forma de foice (ou meia-lua), o que dificulta sua circulação nos vasos sanguíneos. Isso pode causar dores intensas, anemia crônica, infecções frequentes, lesões em órgãos e outras complicações graves.
É uma doença mais comum em pessoas negras e afeta de forma expressiva a população baiana, sendo considerada um dos principais problemas de saúde pública do estado. O diagnóstico precoce e o acompanhamento contínuo são fundamentais para melhorar a qualidade de vida das pessoas com a condição.