Privacidade ou segurança? Airbnb proíbe câmeras e se mete em encruzilhada

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O Airbnb proibiu recentemente o uso de câmeras internas nas propriedades listadas em sua plataforma. Até então, a empresa proibia câmeras em banheiros e quartos, mas permitia que elas mirassem ambientes de circulação como salas e corredores, desde que avisado no anúncio do imóvel. A nova determinação entra em vigor no final de março de 2023 e vale para o mundo todo.
A existência de câmeras em casas e apartamentos alugados pela plataforma virou até piada em um esquete do programa humorístico Saturday Night Live. No quadro, uma dupla de decoradoras revela que, além de escolhas duvidosas de design, os imóveis disponíveis na plataforma viriam com câmeras em locais íntimos como o banheiro e em cima da cama.
A decisão da empresa de banir as câmeras internas (mesmo nos espaços de circulação e ainda que anunciadas) parece reconhecer que o monitoramento se torna um incômodo que frustra parte importante dos hóspedes. Por outro lado, os anfitriões têm legítimas preocupações com a segurança do imóvel, e câmeras em áreas comuns podem ser ferramentas para dissuadir e documentar danos à propriedade ou comportamentos inapropriados.
Nesse cabo-de-guerra, a percepção dos hóspedes acabou falando mais alto. Ela revela um grau de maturidade sobre o quanto, pelo mundo afora, as pessoas passam a se importar com a sua privacidade, embora o que não falte por aí é quem diga que não tem nada a esconder, que a própria vida é um livro aberto etc. Para esses, eu gosto de perguntar:
Você revelaria suas pesquisas no Google?
Para além do debate sobre privacidade, o caso do Airbnb demonstra a complexidade das plataformas que operam no chamado mercado de dois lados. Ou seja: a plataforma digital tem de equilibrar as demandas de dois grupos interdependentes, de modo a gerar um ganho de eficiência com a existência de um intermediário que conecte os grupos.
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