Por meio da Medicina, a médica especialista em clínica médica e radiologia, também coordenadora médica do setor de radiologia da clínica Sonnar, Raissa Cadete, encontrou o lugar ideal para equalizar a relação da sociedade com os espaços predominantemente ocupados por homens.
Durante entrevista ao Jornal Band News desta terça-feira (25), ela destacou a importância da presença feminina em posições de liderança e cuidado:
Muitas mulheres se formando médicas, muitas mulheres, consequentemente, se formando especialistas e isso impacta totalmente no cuidado dos nossos pacientes, que são quem mais procura, assistência médica, em geral, são as mulheres. Então, você ser recebida, você ser cuidada por especialistas mulheres, às vezes, é uma opção das nossas próprias mulheres. Então, é uma realidade, graças a Deus, as mulheres ocupam muito esse espaço e eu me sinto orgulhosa de fazer parte desse grupo e também por exercer hoje um cargo de coordenação que também mostra como nós, mulheres, também temos capacidade e oportunidades, quando possível, de exercer cargo de liderança, o que é um desafio grande, mas é importante ter mulheres nessas posições.”
Embora haja um aumento na procura dos homens por atendimento médico, as mulheres continuam cuidando mais da saúde. Raissa destaca que, além da relação médico-paciente, muitas mulheres acabam estabelecendo vínculos afetivos com as profissionais:
Ainda é muito forte, tanto que, assim, as mulheres têm um vínculo até, às vezes, de afeto com a sua ginecologista, que normalmente é a especialidade que cuida, assim, de forma rotineira da mulher e isso vem pra nossa parte da radiologia, porque nós somos nós que fazemos os exames. Então, a gente vai fazer aquela rotina, então, tem mulheres que a gente sabe que sabe o dia que fez o exame no ano anterior. Então, vem impreterivelmente, uma vez ao ano, tem paciente que vem toda a primeira semana de janeiro, vem toda a primeira semana de março. E já o homem, ou a mulher briga, ou a mulher, eu falo assim, ó, sua esposa deve gostar muito de você pra mandar você vir aqui. Então, ou a mulher que orienta. Muitos deles não sabem nem a sua própria história clínica e ou realmente tem, assim, alguma necessidade, sentiu alguma coisa, teve algum sintoma. Mas, em geral, são as mulheres que procuram mais.”
A médica ressalta que, apesar dos desafios enfrentados durante a graduação, ter um posicionamento firme é fundamental para conquistar espaços que antes eram ocupados principalmente por homens:
Nada como você ter um bom posicionamento, nada como você ter voz, entender que você tem que ser respeitado. Então, quando, a partir do momento que você impõe o seu respeito, essa conquista chega. Com certeza.”
Confira a entrevista completa:
Por Amanda Motta
