Economia

IBGE discute coleta de preços para índices via nota fiscal eletrônica

Questionado sobre se houve algum aceno por parte das empresas de tecnologia, Pochmann respondeu que “sim, eles estão abertos ao diálogo”.

“Há uma legislação que garante o sigilo estatístico do IBGE, né? E é um convencimento, porque se as empresas tradicionais, digamos assim, atendem ao IBGE, porque nós não podemos ter o mesmo diálogo com as empresas de tecnologia que produzem informações importantes a partir da interação pela internet?”, ponderou o presidente do instituto estatístico.

Ele também relata esforços para que o IBGE passe a ter acesso às informações que decorrem de atividades econômicas exercidas no âmbito de concessões do Estado, como, por exemplo, informações referentes ao número de usuários de modais de transportes, tráfego de caminhões e movimentação de carga em rodovias federais. “São informações já existentes, porém, não se colhe essas informações, não se trabalha com elas estatisticamente”, acrescentou.

Pochmann contou que o trabalho no órgão está mais avançado na organização das atividades para que o IBGE atue na coordenação de um sistema nacional de estatística, criado a partir da integração dos diferentes bancos de dados já existentes. “Os bancos de dados serão mantidos pelos ministérios ou outras instituições, mas o IBGE poderá ser então o curador da integração dessas informações, garantir que, com base na metodologia harmonizada, seja possível usar um ou outro dado de diferentes bancos sem ter problemas do ponto de vista da consistência da informação”, defendeu.

Quanto às inovações previstas para mais longo prazo, especialmente na segunda metade da década, Pochmann lembrou que a gestão está trabalhando para atuar com as novidades que a internet proporciona. As pesquisas futuras miram a realização do Censo Demográfico de 2030, com formas mais modernas de fazer a coleta, com menor custo e mais agilidade; investigações sobre a chamada economia digital e o processo de digitalização da economia; a mensuração da economia de cuidados, sobre o trabalho não remunerado de cuidados de pessoas no Brasil; e os ativos ambientais e a economia do mar.

“São outras áreas pelas quais o IBGE está muito interessado em trabalhar, nesse sentido da coisa mais econômica”, explicou. “E tem atualmente a preocupação em relação aos efeitos que estão ocorrendo em relação a uma parcela da população, especialmente os mais jovens, com a presença da internet, todas as repercussões que estão tendo.”


Fonte da notícia

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Aviso de cookies do WordPress by Real Cookie Banner