Governo prepara projeto para substituir GLP em áreas isoladas

O principal insumo nesse processo é a matéria orgânica, principalmente restos de alimentos e fezes de animais. O biogás é gerado no processo de decomposição e, na ponta, utilizado para alimentar as chamas dos fogões. Na coordenação do projeto estão o MME (Ministério de Minas e Energia) e o MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).

Há, contudo, alguns empecilhos. Na função para cozimento, os modelos mais consolidados no mercado são importados de Israel, por exemplo. Mas, ainda não há uma personalização desses equipamentos. As opções são um biodigestor grande de R$ 20 mil ou um pequeno na faixa de R$ 13 mil. Não há variações de modelos.

Esse sistema, na prática, é uma espécie de câmara fechada, com uma tubulação especial e com um fogão também específico. O preço elevado para a aquisição do equipamento é compensado porque seria uma compra única. Não há estimativa feita sobre a vida útil.

Pelos estudos preliminares dos técnicos do MME, 60 quilos de esterco de animal e adicionalmente 13 quilos de restos de alimentos, nessa câmara, seriam suficientes para produção de biogás por uma semana em comunidades pequenas.

Financiamento

A ideia é que cada uma das 100 “cozinhas solidárias” no projeto possam receber um biodigestor. O modelo de financiamento do programa está sendo estudado. Os responsáveis falam em buscar parcerias com o setor privado e citam como referência a instalação de biodigestores em 20 escolas de nove municípios de Minas Gerais, feita pelo consórcio Codanorte.


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