Funcionários do Hospital Geral de Vitória da Conquista reclamam de atraso de salário
Uma técnica em enfermagem, que preferiu não se identificar, revelou que a situação é recorrente há pelo menos quatro anos e demonstrou sua revolta em entrevista à equipe da Band Conquista, veiculada no programa Bora Nordeste
Na manhã desta quarta-feira (23), profissionais da Saúde organizaram um protesto em frente ao Hospital Geral de Vitória da Conquista com cartazes e gritos de ordem, chamando a atenção da administração em busca da regularização salarial. O grupo reclamava de atraso de salários e benefícios.
A situação foi ao ar, ao vivo, no programa Bora Nordeste, da Band Bahia, com o repórter Jackson Mendes.
De acordo com uma funcionária que preferiu não se identificar, “os contracheques são assinados e entregues no dia seis, conforme o cronograma, mas os pagamentos só são de fato realizados a partir do dia 20, de forma gradual”.
Essa mesma profissional ressaltou:
“Pessoas perderam suas casas por não terem condições de pagar o aluguel”.
A técnica em enfermagem expressou sua indignação durante a entrevista, afirmando que os atrasos ocorrem há pelo menos quatro anos.
“Realmente, o salário está em dia, mas e os retroativos, e o FGTS? Só recebemos o valor das férias 60 dias após o retorno”.
Em resposta à Band Conquista, a Assessoria de Comunicação do Governo do Estado da Bahia, responsável pela unidade de saúde, enviou uma nota sobre o caso:
“A Secretaria da Saúde do Estado fez todos os repasses devidos à Fundação José Silveira. A responsabilidade pelo cumprimento dos direitos trabalhistas dos profissionais é da Fundação José Silveira. A Secretaria da Saúde do Estado está em constante diálogo com os profissionais e monitorando a situação para que não haja interrupção da assistência à população”.
Desde 2014, a Lei Anticalote busca proteger os direitos trabalhistas de profissionais terceirizados que prestam serviço ao poder público na Bahia.
A legislação estabelece mecanismos de controle sobre os contratos e dispõe sobre os encargos trabalhistas e previdenciários dos empregados terceirizados.
As empresas que desrespeitam as regras previstas, podem ter os repasses suspensos, até que todo o pagamento aos profissionais seja regularizado.
Por Amanda Motta, Jackson Mendes e Pedro Aguiar