Chapada Diamantina sedia a prova Malacara Race
A Bahia é o primeiro estado fora da região Sul a sediar a prova, que reúne atletas da Estônia, Espanha, França, Holanda, Rússia, Tailândia, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Colômbia, México e África do Sul

Cerca de 200 atletas do Brasil e de outros 13 países participam do Malacara Race, prova de corrida de aventura que combina trekking, canoagem, mountain bike, rapel e natação. O evento acontece na Chapada Diamantina e é classificatório para a final do campeonato mundial da modalidade, a Adventure Racing World Series (ARWS), que será disputada em setembro, no Canadá.
A largada aconteceu no último domingo (4), em Lençóis, cidade-sede da competição, que também atravessa os municípios de Mucugê, Nova Redenção, Andaraí, Palmeiras e Iraquara. O percurso totaliza 510 quilômetros, em formato non-stop (sem parar). A chegada está prevista para quinta-feira (8), novamente em Lençóis, com a cerimônia de premiação marcada para o próximo sábado (10). O Malacara Race conta com o patrocínio do Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Turismo (Setur-BA) e da Superintendência dos Desportos do Estado (Sudesb).
O movimento em Lençóis se intensificou no sábado (3), com a checagem de equipamentos das 57 equipes participantes e a cerimônia de abertura do Malacara Race, realizada no Mercado Cultural. Prefeitos da região e a CEO da Adventure Racing World Series (ARWS), Heide Muller, marcaram presença na solenidade, destacando o impacto do evento na economia local, especialmente no setor de turismo.
Entre as equipes, quatro estão no Top 10 do ranking mundial da modalidade, incluindo a brasileira Brazil Multisports (BMS), que já tem vaga garantida na final do campeonato. As delegações internacionais incluem atletas da Estônia, Espanha, França, Holanda, Rússia, Tailândia, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Colômbia, México e África do Sul.
A Bahia é o primeiro estado fora do Sul do país a sediar o Malacara Race, competição criada em 2015 no Rio Grande do Sul e batizada em homenagem a um cânion gaúcho. A prova é uma das mais desafiadoras do circuito de corrida de aventura, exigindo autossuficiência total dos atletas, que carregam seus próprios alimentos e equipamentos, e só recebem informações detalhadas sobre o percurso pouco antes da largada. Equipes de apoio multidisciplinares, com médicos e bombeiros, acompanham o trajeto para garantir a segurança dos competidores ao longo dos mais de 500 quilômetros da prova.