Investigado por racismo na Uesb, Hélio Marcos Viana tem celular apreendido e histórico de atos discriminatórios
Investigado por incitar violência contra pessoas LGBTQIA+ e ameaçar o Presidente da República, Hélio Marcos Fernandes Viana foi proibido de frequentar a Uesb; comunidade acadêmica cobra mais segurança no campus


A Polícia Civil de Vitória da Conquista cumpriu na terça-feira (26) um mandado de busca e apreensão na residência de Hélio Marcos Fernandes Viana, investigado por racismo nas dependências da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Durante a operação, realizada no bairro Candeias, o celular dele foi apreendido e, além de conteúdos preconceituosos relacionados ao caso na universidade, também foram encontradas mensagens de ameaças de morte contra o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, enviadas para um perfil oficial da Polícia Federal.
Hélio Marcos possui um histórico de envolvimento em atos discriminatórios. Em 2022, ele foi denunciado por depredar um outdoor em apoio à comunidade LGBTQIA+, e, em março deste ano, distribuiu panfletos com mensagens de ódio no campus da Uesb. Essas ações resultaram em registros de boletins de ocorrência, antes do caso de setembro de 2024, que gerou a investigação atual.
O Ministério Público denunciou o acusado em 24 de novembro, após ele ser indiciado pela Polícia Civil em 20 de novembro. Além das medidas cautelares que o proibiram de acessar a Uesb, a Justiça determinou que as investigações sobre o envolvimento do acusado em outros episódios de discurso de ódio ou discriminação continuem.
Após o caso, a universidade realizou um ato público para debater a segurança no campus, especialmente destacando a vulnerabilidade da instituição devido à falta de iluminação e segurança no período noturno. A Reitoria se comprometeu a reforçar a vigilância e melhorar a iluminação em até 30 dias, além de iniciar um diálogo com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) para implementar novas medidas preventivas.
Por fim, a Polícia Civil segue acompanhando o cumprimento das medidas judiciais e reforça a importância da denúncia de práticas discriminatórias, com ênfase na necessidade de ações de repressão e conscientização contra o discurso de ódio.
Por Ana Carolina Bastos, sob supervisão