Bairro eletrônico do Japão se reinventa para fugir do vazio da vida digital
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A partir dos anos 1980, com a expansão global da cultura pop japonesa, Akihaba se reinventou mais uma vez. O bairro virou sinônimo de videogames, mangás, animes e da cultura otaku. Arcades populares, lojas especializadas em eletrônicos e a vibrante cena de cosplay fizeram de Akihabara a cara mais visível de uma tendência cultural que dominou o Japão e o mundo.
Hoje Akihabara continua a refletir as mudanças na percepção das pessoas sobre a região e a cultura que ela passou a simbolizar. O bairro é um caldeirão em que tradicional e moderno se encontram. Lá, a nostalgia pela era dourada dos videogames de 1980 e 1990 convive com as mais recentes inovações tecnológicas e lançamentos de animes e mangás.
Cafés onde o que menos importa é o café
Akiba não é especialmente conhecida pelos seus restaurantes, mas os cafés atraem hordas de locais e turistas. Não tome a expressão café ao pé da letra. Até servem a bebida, mas as pessoas lotam os estabelecimentos a procura de coisas tão diferentes quanto tomar drink vampiro, fazer carinho em capivara (ou em corujas, coelhos e ouriços), comer omelete em forma de trem ou interagir com garçonetes vestidas como damas do período Sengoku.
O maid café é o subgênero mais popular em Akiba, exportado para o resto do Japão e para o mundo (incluindo São Paulo). Neles, o atendimento é feito por mulheres trajadas como empregadas domésticas, com avental e vestido rodado, que tratam os clientes como “mestres”. Faz parte da experiência tirar (ou ganhar) foto da maid, além dos jogos de tabuleiro com elas. Toques ou linguagem inapropriada são expressamente proibidos.
Não é difícil imaginar que o público de um maid café é quase que exclusivamente masculino. Ao mesmo tempo em que começaram a aparecer em animes e mangás, romantizando os papéis de atendentes e clientes, a crítica ao reforço de estereótipos e a posição da mulher na cultura japonesa também ganhou força.
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