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Cigarros eletrônicos podem ser 6 vezes mais prejudiciais que os convencionais, aponta pesquisa

O estudo foi realizado pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor), em parceria com o Centro de Vigilância Sanitária

Muitos jovens buscam prazer em práticas que podem ser prejudiciais à saúde e causar graves doenças, que consequentemente podem levar à morte. O consumo de cigarros eletrônicos, como os famosos “vapers”, tem sido cada vez mais comum entre eles.

Segundo o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor) em parceria com o Centro de Vigilância Sanitária, usuários de cigarros eletrônicos têm até seis vezes mais nicotina no sangue do que fumantes de cigarros convencionais. A pesquisa mostrou também que três em cada dez usuários de cigarro eletrônico relatam problemas de saúde mental como depressão e ansiedade.

Em entrevista a Band Conquista, a médica pneumologista Vanessa Khouri destacou que o tabagismo é considerado uma das principais doenças que levam a óbito no mundo.

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Vanessa Khouri

É bem sabido que o tabagismo é considerado hoje uma das principais doenças que levam a óbito no mundo. Por mais que a gente tenha uma redução da carga de tabagismo das mulheres, dos homens, ainda assim é uma doença a ser considerada como um grande potencial de risco à vida. Tanto o cigarro comum, convencional, quanto o cigarro eletrônico, fazem males que causam danos irreparáveis para a saúde. Então são danos que, mesmo que o indivíduo deixe de fumar, ele ainda assim corre riscos à saúde.

A pneumologista reforça que os cigarros eletrônicos trazem riscos ainda maiores à saúde. Ela ainda informa que esses riscos ainda desconhecidos podem desencadear doenças que ainda nos aparecerão num futuro bem próximo.

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O cantor Zé Neto, que compõe a dupla sertaneja com Cristiano, relatou em um evento de retomada dos seus shows sobre o vício do cigarro eletrônico e reconheceu que teve muitos problemas.

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Zé Neto / Reprodução Movimento Country

Um problema muito grande na minha vida é também o cigarro eletrônico, que foi algo que começou a prejudicar a coisa que eu mais amo fazer, que é cantar. O que acontecia? Eu ia pro show, chegava no show fumando o pendrive, aquela #$*&% lá, e aí ficava rouco, automaticamente ficava rouco. Ia dar entrevista, ficava com vergonha, já fomos chamados para vários DVDs, que a gente não foi por insegurança minha, por medo. E chegava no camarim, começava a me dar medo, aquele negócio, falando, ‘meu Deus do Céu, tem que subir pra cantar, não tem a voz’…  Aí, o que eu fazia? Bebia, bebia, bebia, e subia praticamente anestesiado, porque muitas pessoas percebiam, mas alguns já estavam acostumados também. Mas realmente foram dias muito difíceis, acabei cometendo erros.

Os cigarros eletrônicos têm venda proibida no Brasil e sua comercialização de forma ilegal trazem maiores risco à saúde, devido a suas composições que contém substâncias prejudiciais.

O cigarro eletrônico, inicialmente, foi lançado como uma proposta de ajudar a cessar o tabagismo. Só que não foi isso que aconteceu. Ele traz consigo malefícios, substâncias não conhecidas. Substâncias que são vaporizadas, substâncias que são aquecidas por uma bateria de lítio e que podem causar combustão, explosão e muitas doenças” , afirmou Khouri, que também destacou as principais doenças causadas pelo cigarro.

A gente sabe que infartos, derrames, AVCs, tromboses, doenças graves do aparelho cardiovascular são causadas pelo tabagismo. O tabagismo está sempre envolvido como principal fator de risco. Depois disso, vem as doenças pulmonares como as quites, os enfisemas, as doenças pulmonares importantes que levam a muita perda de capacidade funcional e as doenças cancerígenas, as neoplasias, de vários sistemas, de vários aparelhos.

A médica explica também que o tabagismo traz outras dependências químicas e perdas, que também tem sérias consequências à saúde. Além de prejudicar outras pessoas que não fumam, mas que estão próximas da fumaça dos cigarros.

É perda de funcionalidade, perda da qualidade de vida, perda da saúde, uma deterioração mais rápida da qualidade de vida. A gente hoje tem um alerta bem importante, tanto para o paciente que fuma ativamente, aquele que pega o cigarro, quanto para aquele que fuma passivamente, que é aquele que fica ao lado do indivíduo que fuma. O risco é igual para as duas pessoas, o risco é o mesmo de adoecimento para quem fuma e para quem fica passivamente ao lado do tabagista. E isso precisa ser considerado. Cigarro mata, cigarro leva a doenças, que levam a óbito e antes disso levam a piora da qualidade de vida.

Vale ressaltar que os cigarros eletrônicos são contraindicados, além de ser proibida a comercialização no Brasil. E não são recomendados pelo Ministério da Saúde e os pneumologistas.

Confira aqui:


Por Vitor Carlo 

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