Automobilismo

Rico Penteado comenta novo carro de 2026

A FIA divulgou nesta quinta-feira os detalhes do novo carro da Fórmula 1, que acompanhará as novas unidades de potência a partir da temporada de 2026. Entre as principais novidades, os elementos de aerodinâmica ativa, além da redução de peso e tamanho.

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Para comentar o que será da ‘nova F1’, o colaborador do Motorsport.com, Rico Penteado, engenheiro que esteve na maior categoria do automobilismo mundial por quase duas décadas, e é protagonista do programa TELEMETRIA na Motorsport.tv Brasil, explicou as novidades e suas preocupações.

“Como era de se esperar, estas mudanças vieram mais para compensar as regras que eles colocaram na parte térmica dos motores”, disse Rico. “Eles vão usar dois sistemas de downforce ativo, com uma aerodinâmica ativa, então o carro vai ter dois níveis de aerodinâmica o baixo e o alto.”

“O que não está muito claro ainda é se o piloto que vai operar um botão para passar de um modo para o outro, acho que eles vão pedir, porque o carro mudar um downforce sem o piloto esperar, e ser surpreendido pela mudança, seria muito perigoso, mas isso ainda não está muito claro de como vai ser feito.”

“E daí vem a pergunta: se todo mundo vai usar esse sistema e não vai ter mais drag, então não vai ter aspiração do carro de trás ou o carro da frente não vai mais esperar o carro que está seguindo-o.”

Rico explica como será o novo sistema que deve substituir o DRS, com um formato ‘invertido’.

“Então eles inventaram uma outra regra meio maluca: eles impõem a todo o carro que estiver na frente ou todo o carro que estiver sozinho sem estar no tráfego a uma limitação de potência do MGU-K, ou seja, a partir de 340 km por hora, você gradualmente vai perder potência do MGU-K, então o carro vai automaticamente andar mais lento, e o carro que está seguindo, como se fosse um DRS, ele vai poder apertar um botão e vai anular essa diminuição do MGU-K.”

“Seria um tipo de boost ao contrário, então o carro da frente vai ser automaticamente freado, vai ter menos potência, e o carro de trás, se estiver seguindo dentro dos critérios de um segundo, vai poder apertar um botão para anular essa redução do carro e ter ali a potência máxima do MGU-K até o final da reta.”

“O que eu acho complicado é que eles já falaram que vai ser a partir de 340 km/h, então tem algumas pitas onde isso não vai ser válido e onde não vai ter DRS, então eu estou curioso de saber exatamente como isso vai funcionar na prática.”

Apesar da diminuição de peso e dimensão, Rico ainda nota uma ‘sobra’ importante no novo carro.

“Como eu falei no começo, acho que é mais uma correção do que uma regra realmente muito bem estabelecida. 30 quilos a menos é bom, mas os carros ainda assim vão ficar 150 quilos mais pesados do que os V8, então acho que essa regulamentação não vai durar 10 anos, creio que vai durar quatro anos, no máximo, como uma transição por uma regulamentação mais sustentável e mais esportiva.”

Podcast Motorsport.com debate: Como demissão de Ocon impacta no mercado da F1?

 

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