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Tempo de tela em excesso afeta o desenvolvimento motor e cognitivo de crianças e adolescentes

Durante entrevista ao Jornal Band News desta quinta-feira (30), a psicóloga clínica e educacional, Natália Ferraz, destaca facilidade em fazer construir relações através das redes sociais

O uso excessivo de celulares tem impactado o processo de aprendizagem de crianças e adolescentes, além de comprometer seu desenvolvimento motor e cognitivo.

Durante entrevista ao Jornal Band News desta quinta-feira (30), a psicóloga clínica e educacional, Natália Ferraz, destacou os impactos na rotina desses jovens:

“Quando a gente olha para esse processo de aprendizagem, a gente traz à tona toda essa questão e o impacto que esse uso da tecnologia, dos celulares, dos tablets, que hoje a gente tem uma acessibilidade muito maior vindo das crianças, vindo dos adolescentes. Então, são pontos como a distração, a perca de foco, a falta de concentração, a ansiedade que é gerada tanto no uso quanto na falta desse uso.”

O abuso na utilização de aparelhos eletrônicos representa diversos riscos à saúde mental e física. Além disso, nem sempre o tempo gasto nesses dispositivos é produtivo, pois muitas vezes está associado à procrastinação e à tentativa de fuga da realidade.

A psicóloga destaca também a facilidade em fazer amizades e construir relações através das redes sociais:

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“Isso traz um impacto de uma forma que muitas vezes a gente não consegue nem mensurar pelo fato de que quando a gente está ali na fase da infância e da adolescência, a gente está desenvolvendo as nossas habilidades sociais, que elas começam primeiramente ali no nosso núcleo familiar, que é quando a gente desenvolve todo esse processo de socialização e depois se estendem às escolas. Os jovens e as crianças de hoje, com o uso dos celulares, com o uso das telas, eles têm encontrado uma facilidade maior de construir essas relações através da internet. Então essa perca da socialização traz esse impacto cognitivo e traz também um sofrimento psicológico para essas crianças e adolescentes.”

Natália reforça que o uso desses aparelhos de forma pedagógica pode auxiliar no ensino e aprendizagem. “Um dos princípios aí dessa lei sancionada é justamente que ela não seja utilizada dentro do ambiente escolar, mas não retirada totalmente, porque se é utilizada de forma pedagógica, ela é funcional. Então os alunos vão ter esse contato de uma forma pedagógica, educacional.”

O contato com as telas é recomendado apenas a partir dos dois anos de idade. O comprometimento cognitivo, muitas vezes iniciado na infância ou adolescência, pode se estender até a vida adulta, afetando os processos de crescimento e desenvolvimento.

Confira a entrevista completa:

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