Morte do Papa Francisco foi causada por AVC; enterro ocorrerá fora do Vaticano
Pontífice faleceu nesta segunda-feira (21) no Vaticano. Enterro será fora da Basílica de São Pedro, rompendo tradição de mais de um século

O Papa Francisco, líder da Igreja Católica por 12 anos, faleceu na manhã desta segunda-feira (21), aos 88 anos, no Vaticano. A causa da morte foi um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguido de insuficiência cardíaca. O anúncio foi feito oficialmente pela Santa Sé na tarde do mesmo dia.
O pontífice, nascido Jorge Mario Bergoglio, enfrentava problemas respiratórios crônicos há meses. No início do ano, passou 38 dias internado devido a uma bronquite que evoluiu para pneumonia bilateral. Após a alta hospitalar, em 23 de março, ele apresentou dificuldades para discursar em compromissos públicos. O quadro se agravou e culminou na morte às 7h35 de segunda, em seu apartamento na Domus Santa Marta.
O certificado de óbito detalha que o papa teve um colapso cardiorrespiratório irreversível após um coma, resultado de seu estado de saúde já debilitado por múltiplas comorbidades, como hipertensão, diabetes tipo II e uma infecção pulmonar complexa.
O comunicado oficial do Vaticano, lido pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Igreja, destacou a dedicação do pontífice:
“Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal.”
Funeral rompe tradições centenárias
O funeral do papa Francisco será realizado no próximo sábado (26), às 5h da manhã (horário de Brasília), na Praça de São Pedro. O corpo será exposto para visitação pública na quarta-feira (23), na Basílica de São Pedro, mas sem o uso da tradicional plataforma elevada usada em velórios papais anteriores. A tampa do caixão ficará aberta, permitindo homenagens diretas dos fiéis.
Rompe-se também outra longa tradição: Francisco será enterrado fora da Basílica de São Pedro. A escolha foi pela Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, igreja na qual costumava rezar desde o início do seu pontificado.
Por vontade própria, ele também rejeitou o uso dos tradicionais três caixões de cipreste, chumbo e carvalho. O enterro será feito em um caixão único de madeira simples, revestido com zinco, em um gesto de humildade que marcou sua trajetória desde o início do pontificado.