IPCA-15 mostra piora na inflação e previsão para o ano fica perto do teto

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Com base no IPCA-15 de julho, as previsões apontam variação de 0,35% no IPCA cheio do mês, e de altas inferiores à de julho até novembro, entre 0,2% e 0,3% até o fim do ano, exceto em dezembro, quando a inflação pode subir no entorno de 0,4%. Essas são, depois de conhecidos os resultados do IPCA-15 de julho, as projeções do economista Fábio Romão, o experiente especialista em acompanhamento de preços da LCA Consultores.
Se essas projeções se confirmarem, a inflação acumulada em 12 meses, daqui até novembro, deve rondar em torno do teto do intervalo de tolerância do sistema de metas, fechando o ano com algum alívio, nas vizinhanças de 4,2%. Fábio Romão, economista da LCA Consultores
Grupos de preços sensíveis
O sensível grupo dos alimentos deu um alívio neste IPCA-15, refletindo a devolução das pressões com origem na tragédia climática no Rio Grande do Sul, entre maio e junho. Os alimentos devem continuar com preços em queda nos próximos meses. No conjunto do ano, contudo, o resultado, conforme as projeções, será de alta próxima de 5%, o que contrasta, fortemente, com a elevação de apenas 1%, em 2023.
Outro grupo sensível — o de serviços —, que influencia a política de juros definida pelo Banco Central, se não mostra aceleração significativa de preços, também não sinaliza desaceleração digna de nota. No IPCA-15 de julho, por exemplo, o grupo respondeu por 25 pontos dos 30 pontos de alta do índice, ainda que quase metade em razão das altas em passagens aéreas. O ritmo de alta nos preços observado no ano passado, deve se repetir em 2024.
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