Economia

Ministério da Agricultura promete a gaúchos prorrogação de dívidas

”Hoje nosso movimento representa em torno de 25 mil produtores, nós temos oito grupos de WhatsApp, sete grupos com mil e poucas pessoas. O oitavo abriu agora e temos mais grupos por municípios. Nós estamos reunindo as dificuldades de todo mundo e levando para o governo federal”, conta ela.

O perfil dos produtores do movimento são de propriedades a partir de 80 hectares, que perderam entre 50% e 100% das lavouras, alguns se classificando como Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

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Produtora de soja há 14 anos, Graziele conta que perdeu 370 dos 560 hectares que planta no município de São Sepé, região central do estado. Um prejuízo estimado em R$ 2,5 milhões. As perdas na lavoura dela foram causadas pelo excesso de chuvas, que apodreceu os grãos na planta, antes da colheita. Segundo ela, a propriedade registrou cerca de 1.200 milímetros de chuva, volume equivalente ao ano todo no intervalo de um mês.

Entre os pontos não atendidos pelas medidas já anunciadas, explica ela, está o prazo para pagamento das dívidas, período de carência e juros mais baixos, com linha especial de crédito para a próxima safra.

”Se tivessem mais tempo com os prazos, as pessoas poderiam trabalhar e prorrogar suas dívidas”, diz ela.

”Nos últimos 5 anos, eu já perdi quatro vezes, três para seca e uma para enchente. A enchente te incapacita de sanar as tuas dívidas. Já era difícil depois das estiagens, mas piorou. Não consigo pagar o que prometi pagar o ano passado, porque a chuva arrasou com tudo. É uma situação caótica, uma calamidade pública, uma situação humanitária, só que a demora de uma solução está trazendo mais insegurança”, afirma.


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