No mês de maio, uma cor especial ganha destaque: a laranja. Este é o Maio Laranja, uma campanha nacional que visa conscientizar a sociedade sobre a importância de prevenir e combater o abuso infantil. Neste ano, mais do que nunca, essa causa assume um papel fundamental, considerando os desafios adicionais enfrentados pelas crianças durante a pandemia da COVID-19.
Essa forma de violência pode ter impactos devastadores no desenvolvimento físico, emocional e psicológico das crianças, deixando cicatrizes que podem durar toda a vida.
O Maio Laranja tem como principal objetivo sensibilizar a população sobre a gravidade do abuso infantil e promover ações de prevenção e proteção às crianças. Durante todo o mês, diversas atividades são realizadas, incluindo palestras educativas, campanhas nas redes sociais, eventos comunitários e capacitações para profissionais que lidam com crianças.
Conversamos com o professor Carlos Alberto Publio, renomado especialista em direito infantil, que destacou a importância do Maio Laranja. “Esta campanha é essencial para conscientizar a sociedade sobre a necessidade de proteger nossas crianças contra o abuso e a violência. É um momento de reflexão e ação, onde todos devemos nos unir para garantir um futuro seguro e saudável para nossas crianças.”
A pandemia da COVID-19 trouxe novos desafios para a proteção das crianças. Com o aumento do estresse familiar, o isolamento social e a interrupção dos serviços de apoio, muitas crianças ficaram ainda mais vulneráveis ao abuso. Por isso, o Maio Laranja deste ano destaca a importância de ficar atento aos sinais de abuso e denunciar qualquer forma de violência contra crianças.
O Maio Laranja é uma oportunidade para todos nós nos engajarmos na proteção das crianças e na construção de uma sociedade mais justa e segura para elas. É um lembrete de que a prevenção do abuso infantil é responsabilidade de todos e que juntos podemos fazer a diferença na vida de milhares de crianças em todo o país.
Onde denunciar:
- Polícia Militar – 190:quando a criança está correndo risco imediato
- Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes
- Delegacias especializadasno atendimento de crianças ou de mulheres
- Qualquer delegacia de polícia
- Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa
- Conselho tutelar: todas as cidades possuem conselhos tutelares. São os conselheiros que vão até a casa denunciada e verificam o caso. Dependendo da situação, já podem chegar com apoio policial e pedir abertura de inquérito.
- Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia.
- WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008
- Ministério Público
Por Ana Carolina Bastos