Gasto militar é o maior desde 1945, e salto tech chinês é aviso ao Ocidente

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Segundo o IIEE, a China multiplicou por dez seus investimentos militares ao longo dos últimos 20 anos e é, atualmente, o 2º país que mais investe em defesa no mundo. Está atrás só dos Estados Unidos.
Ao todo, os gastos globais com defesa em 2023 foram de US$ 2,2 trilhões, o equivalente ao PIB de um ano inteiro do Brasil. A liderança desde ranking é, de longe, dos americanos, que investiram US$ 905 bilhões em gastos militares em 2023. Logo depois, aparece a China, com US$ 219 bilhões, mais do que o dobro do terceiro colocado no ranking, a Rússia, com gastos de US$ 108 bilhões.
A maior parte dos investimentos chineses esteve concentrada na construção de um sistema próprio de geolocalização, o BDS, que é uma versão nacional do GPS, usado no mundo todo.
Também há recursos destinados a armamentos para conflitos no mar. A China é o país que mais investiu em embarcações de guerra e submarinos nos últimos cinco anos, diz o relatório.
O estudo do IIEE afirma ainda que o recente avanço tecnológico da China, como a construção de infraestrutura 5G, centrais de armazenamento de dados e a fabricação nacional de semicondutores impulsionou os gastos militares do país. Os equipamentos tiveram de ser renovados para que estivessem atualizados com os padrões tecnológicos que a própria China vem impondo à indústria de telecomunicações e de eletrônicos em todo o mundo.
A repercussão do relatório publicado pelo IIEE fez Pequim se manifestar. O governo chinês afirmou ser um país pacífico e que a alta nos gastos nas últimas décadas acompanha o crescimento do PIB, que também cresceu muito. Em sua defesa, a China lembrou investe “apenas” 1,7% de seu PIB em despesas militares.
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