

A campanha Janeiro roxo visa conscientizar a população sobre a hanseníase, uma doença infecto contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A transmissão ocorre por contato próximo e prolongado, através das vias aéreas superiores, por meio da tosse, espirro, fala e secreções nasais.
Em entrevista ao Jornal Band News desta quarta-feira (29), a médica dermatologista, Crystiane Valera, destaca que a doença pode ser diagnosticada após anos de contágio.
“Para que se pegue hanseníase deve ter um contato com essa paciente por um período longo, a gente diz que esse período tem que ser longo e íntimo. Então não é só um aperto de mão, um abraço que você pega hanseníase, você deve conviver no mesmo ambiente. A doença ela tem um período de incubação médio de cinco a sete anos. Então isso dificulta muito o diagnóstico.”
Os principais sintomas dessa doença são manchas brancas ou avermelhadas. Essas manchas não causam dor ou coceira, também não melhoram com tratamentos habituais, como tratamento pra alergias ou micoses. Além disso, a doença afeta os nervos, levando à perda de sensibilidade na pele. Em muitos casos, pode haver comprometimento severo dos movimentos, que, em situações mais graves, pode resultar em amputação.
A médica destacou também que o tratamento para o combate desta doença pode ser realizado através do Sistema Único de Saúde (SUS):
“A gente aqui no município fica localizado ali pertinho da prefeitura, esse tratamento é todo gratuito. O paciente não vai ter custo nenhum porque o a medicação vem toda do Ministério da Saúde, o tratamento é feito sempre em média de seis meses a um ano e a demanda a gente diz que é espontâneo, então o paciente não precisa de um encaminhamento pra ir até a unidade, ele pode ir por vontade própria.”
Os atendimentos são realizados no Centro Municipal de Dermatologia e Pneumologia Sanitária, localizado na praça João Gonçalves, ao lado do Caav, de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.
Confira a entrevista completa: