Saúde

Gerar In Vitro leva os avanços da medicina reprodutiva a Vitória da Conquista

A infertilidade pode ser causada por diversos fatores, afetando tanto homens quanto mulheres

Fundada em 2008 pelo ginecologista e especialista em reprodução humana assistida. Emílio Costa Garavini, a Gerar In Vitro é referência em reprodução assistida. A clínica conta com sete unidades equipadas com laboratórios próprios de alta complexidade e outras cinco dedicadas exclusivamente a consultas médicas, localizadas nos estados de Minas Gerais e Bahia.

O embriologista Bernardo Moura destacou, em entrevista ao Jornal Band News desta quinta-feira (8), a importância de uma iniciativa como esta para a cidade de Vitória da Conquista:

As pacientes tinham que ir até a capital pra poder realizar esse tratamento e é um desconforto muito grande ter que se deslocar a grandes centros. Então, pensando nisso, a Gerar In Vitro, que já é um grupo estabelecido com mais de 15 anos, já são praticamente cinco mil bebês nascidos a nossa estimativa ao longo desses 15 anos de trajetória.”

A infertilidade pode ser causada por fatores mistos, afetando tanto homens quanto mulheres. Entre as principais causas femininas estão os problemas nas trompas, obstruções provocadas pela endometriose e distúrbios ovulatórios.

A ginecologista, Dorodina Correia, ressalta que a idade da mulher é um dos fatores mais determinantes na fertilidade:

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Na verdade, essa questão da chance de engravidar, ela varia muito com a idade, principalmente da idade da mulher, que é um fator dos mais importantes quando se pensa em resultado e reprodução humana. Nós nascemos com uma quantidade de óvulos, só pra você ter uma ideia, a mulher tem o maior número de óvulos quando tá na barriga da mãe, por volta do quinto mês de vida. São sete milhões de óvulos no quinto mês de vida intrauterina. E quando a gente nasce, já caiu pra dois milhões. E aí, quando vai pra primeira menstruação, quatrocentos mil. E aí a mulher perde mil óvulos mês. Então, quando chega por volta aí de uns quarenta anos, quarenta e cinco, esses óvulos já vão exaurindo.”

A especialista também alerta para o momento certo de buscar ajuda médica, especialmente em casos que envolvem idade avançada ou condições clínicas específicas:

Porque oitenta por cento dos casais engravidam naturalmente no primeiro ano. Porém, a partir dos trinta e cinco anos, seis meses, já deve conversar com o ginecologista ou o médico da reprodução. E existe algumas, algumas condições que a mulher deve procurar isso imediatamente. Tipo, se ela já tem alguma doença que a gente sabe que tem uma repercussão na fertilidade com endometriose, mulheres que têm abortamento de repetição e mulher de quarenta anos. A mulher de quarenta anos não pode esperar seis meses, não pode esperar um ano. Ela tem que ir agora, porque os óvulos, a gente vai ver a quantidade e a qualidade dos óvulos, que é um fator principal pro resultado.”

Os avanços da medicina reprodutiva possibilitam alternativas mesmo em casos de infertilidade masculina severa. É possível extrair espermatozoides diretamente dos testículos e injetá-los em óvulos por meio da fertilização in vitro. Além disso, por meio da biópsia embrionária, é possível identificar quais embriões são geneticamente saudáveis antes da implantação.

Bernardo Moura também destacou a evolução das técnicas de fertilização, que hoje permitem uma abordagem mais segura e eficaz na transferência de embriões:

Antigamente a gente colocava muitos transferia muitos embriões porque realmente a nossa capacidade de seleção do melhor embrião, ela era pior. Então a gente transferia três para tentar ficar um. Hoje em dia a gente está com uma medicina mais avançada, onde já entende também as complicações obstétricas, os efeitos dessas complicações obstétricas e a gente sabe que a taxa acumulativa de gravidez não vai aumentar se eu transferir três de uma vez ou um de cada vez.”

Confira a entrevista completa:

 

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