Raiva animal é confirmada em cidades do sudoeste baiano e autoridades intensificam ações de prevenção

Em dezembro, a Vigilância Epidemiológica de Guanambi foi acionada por uma moradora de Ceraíma, na zona rural, após a morte de animais de produção. A vigilância entrou em contato com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que enviou uma equipe para coletar amostras. No final do mês, o Laboratório Central (Lacen) confirmou que os animais haviam testado positivo para raiva.

A partir disso, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) iniciou diversas ações para evitar a propagação da doença, enquanto a Adab intensificou a investigação na região. Foi então informado que em Morrinhos também ocorreram mortes de animais sob condições semelhantes. Equipes das duas instituições estiveram no local orientando os produtores e realizando fiscalizações.

Na quinta-feira (9), dois animais de Morrinhos testaram positivo para raiva, totalizando três casos na cidade. Com isso, são confirmados quatro casos de raiva animal no sudoeste da Bahia, sendo três em Guanambi e um em Caetité. As notificações foram feitas entre 20 de dezembro e 8 de janeiro, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

De acordo com a Sesab, cinco amostras foram analisadas, com um cavalo em Caetité e três bois em Guanambi testando positivo. Um resultado ainda está sendo aguardado. As amostras foram encaminhadas para o Lacen, com apoio da Adab.

A agente do Serviço Oficial Veterinário de Guanambi, Edlucia Carvalho, alerta sobre os sinais da raiva animal, como animais com dificuldades de movimento e paralisia. Ela recomenda que qualquer suspeita seja comunicada à Adab, responsável pela coleta de amostras para diagnóstico.

O último caso de raiva humana na Bahia ocorreu em 2017, em Paramirim, com um morcego sendo o responsável pela transmissão. As autoridades continuam monitorando a situação para evitar novos casos.

Por Ana Carolina Bastos