
O Dia Mundial da Fibromialgia, celebrado em 12 de maio, é uma data dedicada à conscientização sobre essa síndrome crônica que afeta entre 2% e 5% da população adulta mundial, especialmente mulheres entre 30 e 50 anos. A fibromialgia é caracterizada por dor musculoesquelética generalizada, fadiga extrema, distúrbios do sono, dificuldades cognitivas, além de sintomas como depressão, ansiedade e alterações no humor.
Embora comum, a doença ainda é pouco compreendida, tanto pela população quanto por parte dos profissionais de saúde. O diagnóstico é clínico, baseado na história do paciente e no exame físico, já que não existem exames laboratoriais ou de imagem que confirmem a síndrome. Suas causas ainda não são totalmente esclarecidas, mas estudos indicam que fatores emocionais e traumas podem alterar a forma como o cérebro processa a dor, aumentando sua sensibilidade.
Sem cura definitiva, o tratamento busca o alívio dos sintomas e a melhora da qualidade de vida do paciente. A recomendação médica mais eficaz inclui o uso de medicamentos combinados com práticas de autocuidado, como atividades físicas regulares e acompanhamento psicológico. “Essa parece ser a melhor maneira de reverter a sensibilidade aumentada à dor na fibromialgia”, afirma o reumatologista Ricardo Xavier, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Em Vitória da Conquista, a Associação de Fibromialgia tem sido uma voz ativa nessa luta. Fundada em 2019, a associação é presidida por Maria Aparecida, que relata os desafios enfrentados: “Foram muitos ‘nãos’, mas seguimos em frente. Não temos sede própria, nos comunicamos por grupo de WhatsApp e fazemos reuniões mensais no Sindicato dos Bancários. A dor é invisível, mas nós não somos invisíveis.”
Neste 12 de maio, a associação realiza um evento especial em comemoração ao Dia Mundial da Fibromialgia. A programação será das 9h às 14h, na Casa Memorial Governador Régis Pacheco, número 191, em frente à Praça Tancredo Neves. O evento conta com o apoio do Instituto de Medicina Alternativa Complementar (IMAC), e inclui atividades voltadas para troca de informações, acolhimento e divulgação de estratégias de cuidado e tratamento.
“A ideia é reunir pessoas, levar conhecimento e mostrar que fibromialgia não é frescura. É uma batalha diária, e precisamos de mais apoio, visibilidade e políticas públicas que garantam nossos direitos”, reforça Maria Aparecida.