O Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima recebeu no sábado (19) a 10ª edição do Festival Suíça Bahiana. Com um formato ampliado, este ano o evento contou com dois palcos que abrigaram 22 atrações musicais nos dois dias, todas gratuitas para o público.
O evento começou às 14h e, mesmo com uma leve chuva no início, o público não se deixou desanimar. A programação começou com a apresentação da artista local Paulinha Chernobyl, seguida por shows de Pipa, Mulher do Samba e Fogo Pagô. Um dos momentos mais aguardados foi a apresentação de Karina Buhr, a cantora pernambucana com mais de 20 anos de carreira, que encantou a plateia com seus grandes sucessos. Outro destaque foi Ivyson, também de Pernambuco, que fez o público vibrar com sua popular canção “Girassol” e novas faixas do álbum Afinco.
Nesta edição, o festival se destacou por sua busca por maior representatividade, com a maioria dos artistas sendo mulheres. A performance da banda de pagode A Travestis, liderada pela cantora Tertuliana Lustosa, uma personalidade reconhecida do movimento LGBTQIA+, foi um dos momentos mais impactantes da noite. Tertuliana, que recentemente se tornou o centro de polêmicas após um vídeo viral de sua apresentação na Universidade Federal do Maranhão, usou o palco do Suíça Bahiana para expressar sua visão: “O que eu estou propondo não é capitalista, não é cristão. O que eu estou propondo é a libertação dos nossos corpos, desde a infância”.
O festival também se preocupou com a inclusão, oferecendo um espaço Kids para os menores e contando com intérprete de Libras durante as apresentações. A feira gastronômica se destacou como um atrativo à parte, proporcionando uma experiência completa ao público.
No domingo (20), a 10ª edição do Festival Suíça Bahiana prosseguiu com uma série de shows, apresentando artistas nacionais como Orquestra Conquista Sinfônica, Armandinho, Drenna, Mariana Nolasco e Lubo, garantindo uma programação diversificada para todos os gostos. O grande destaque da segunda e última noite foi o rockeiro Supla, conhecido como Papito, que animou o público com sua performance enérgica. Ele fez todos dançarem e se juntarem à roda punk ao som de “Transa Amarrada” e outros sucessos.
Por Ana Carolina Bastos, sob supervisão