Economia

feira começa neste sábado com símbolo de reconstrução do RS

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Público pode chegar a 80 mil pessoas por dia. ”Tenho uma projeção entre 60 e 80 mil pessoas por dia. No ano passado, a gente teve entre 100 e 120 mil no primeiro final de semana. O público vem, mas talvez não com a mesma intensidade de anos anteriores por falta de aeroporto, dificuldade de acesso e de estrada”, avalia ela.

Setor de máquinas também não fala em números. Na parte de máquinas e implementos agrícolas, responsável por mais de 90% do faturamento da feira, também não se trabalha com metas ou números ainda. Na edição de 2023, o setor comercializou R$ 7,3 bilhões. O faturamento total, perto de R$ 8 bilhões, foi uma marca histórica do evento.

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O momento não é bom, os agricultores, grande parte estão pensando em negociar suas dívidas, os juros estão altos, as safras vêm de dois anos de seca, por isso, não se fala em bater recorde, mas acho que tem a possibilidade de chegar aos valores do ano passado.
Claudio Bier, presidente do Simers (Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do RS).

Necessidade de discutir dívidas. A Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), uma das promotoras da feira, também diz ainda estar trabalhando nos cálculos de perdas relacionadas à catástrofe. O cenário indica números crescentes, segundo o diretor vice-presidente Domingos Antônio Velho Lopes, com prejuízos se acumulando e necessidade de se discutir dívidas.

Por exemplo, na pecuária, tivemos em maio as chuvas e as pastagens não vieram, então, vamos ter reflexo no engorde, na recria da terneira, na prenhez’. E, sobre o endividamento, estamos pedindo por volta de R$ 5 bilhões em renegociações, e falando em mais de 150 mil produtores da agricultura familiar, mais de 60 mil médios e mais de 100 mil entre os demais. Toda a cadeia produtiva do Rio Grande do Sul.
Domingos Antônio Velho Lopes, diretor vice-presidente da Farsul

Impacto da tragédia no agro

Após a estiagem, a catástrofe. Um relatório da Emater/RS-Ascar (Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural) apontou que mais de 206 mil propriedades rurais gaúchas foram afetadas pela catástrofe. Para elaborar o levantamento e chegar às localidades atingidas, extensionistas acessaram algumas a cavalo, em meio a estradas interrompidas, conta a presidente Mara Helena Saalfeld.

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