Bahia

Estudantes criam bioglitter ecológico para o Carnaval

A alternativa sustentável desenvolvida por alunos do 2º ano do curso técnico de Agroindústria do Colégio Estadual Celso Mendes de Lima, busca reduzir impacto ambiental do glitter tradicional

Estudantes do Colégio Estadual Celso Mendes de Lima, no município de Conde, litoral norte da Bahia, criaram um bioglitter ecológico à base de amido de milho. Com esse projeto, eles oferecem uma alternativa ao glitter convencional, que contém microplásticos prejudiciais ao meio ambiente.

A iniciativa integra a política educacional da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, que estimula a iniciação científica e incentiva soluções para desafios ambientais. Dessa forma, o projeto aproxima teoria e prática dentro do ambiente escolar.

A professora de Biologia, Patrícia Mendes, destaca que a ideia surgiu da preocupação com a grande quantidade de resíduos gerados no Carnaval, especialmente os microplásticos presentes no glitter tradicional. Para abordar o tema e estimular o pensamento crítico, ela propôs aos alunos uma atividade que combinasse a festa com práticas sustentáveis na iniciação científica.

Os estudantes Natiane Dantas, Wellington Santos e Gleice Lopes pesquisaram ingredientes biodegradáveis e testaram corantes naturais, como jamelão, feijão azul, hibisco e urucum. Esses pigmentos, abundantes na região, são amplamente utilizados para tingimento ecológico. Durante os experimentos, os alunos aprofundaram seus conhecimentos sobre a biodiversidade local e exploraram formas sustentáveis de aplicar esses recursos.

A experiência permitiu que a turma compreendesse melhor os impactos ambientais e enxergasse a importância da ciência na busca por soluções sustentáveis. Para a estudante Natiane Dantas, de 15 anos, participar do projeto trouxe aprendizados valiosos. “A iniciação científica desenvolve habilidades como pensamento crítico, criatividade e resolução de problemas. Criamos um produto natural que pode ser usado em qualquer lugar, inclusive no Carnaval. Ao substituir o glitter convencional pelo nosso bioglitter, reduzimos a quantidade de microplásticos na natureza”, afirma.

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A professora Patrícia Mendes ressalta que acompanhar o entusiasmo dos estudantes foi inspirador. “Eles vestiram jalecos, se dedicaram e demonstraram muita criatividade”, conta. O projeto foi além da teoria, pois fortaleceu o protagonismo dos alunos e ampliou a conscientização ambiental. Segundo a educadora, os estudantes participaram ativamente de todas as etapas, desde a elaboração da base até a escolha dos pigmentos, sempre considerando os impactos ecológicos do produto.

Os estudantes do segundo ano do curso técnico de agroindústria garantem que o bioglitter se decompõe mais rapidamente na natureza do que o glitter tradicional. Após apresentar o projeto na escola e em eventos locais, eles seguem pesquisando formas de aprimorar a composição e expandir as possíveis aplicações do produto.

por Ana Flávia Costa, sob supervisão

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