Economia

Em reuniões do G20, Brasil expõe antagonismo entre agricultura e clima

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Entre as pautas do GT Agricultura estão: a sustentabilidade nos sistemas agroalimentares em seus múltiplos aspectos; a ampliação da contribuição do comércio internacional para a segurança alimentar e nutricional; o reconhecimento do papel essencial da agricultura familiar, camponeses, povos indígenas e comunidades tradicionais para sistemas alimentares sustentáveis, saudáveis e inclusivos; e a promoção da integração sustentável da pesca e aquicultura nas cadeias sociais locais e globais.

Apesar disso, no Mato Grosso, lideranças são recebidas em uma região tomada pelos grandes latifúndios de grãos, em que vários municípios declararam emergência por causa das queimadas, e a produção de frutas, legumes e verduras é colocada de lado a cada ano-safra.

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Sem se debruçar a fundo sobre o que motiva o fogo devastar Cerrado, Pantanal e Amazônia contidos no estado, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro e o Coordenador do GT Agricultura e secretário de Relações Internacionais do Ministério, Roberto Perosa, seguem assumindo o discurso de exemplo da agropecuária sustentável.

O contraponto vem de dentro do próprio governo, também em agenda do G20, praticamente no mesmo dia, só que no Rio de Janeiro. A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), lembrou que o Centro-Oeste chegou à umidade relativa do ar pior que a do Deserto do Saara, e enfrenta uma realidade “perversa” entre alta temperatura, baixa umidade, ventos fortes e “pessoas ateando fogo em várias regiões”.

“As queimadas que estão acontecendo, cerca de 900 mil hectares são dentro de área de atividade de pecuária e agricultura. Cerca de 1,4 milhão de hectares dentro de área de pastagem e 1,1 milhão dentro de floresta”, afirmou a ministra nesta quarta-feira, 11, durante a Iniciativa de Bioeconomia do G20.

Em entrevista para a coluna do UOL, Kaveh Zahed, diretor do Escritório de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), diz que não há como separar os desafios entre agricultura, clima e biodiversidade.

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