Economia

Dólar cai no dia, mas tem alta na semana e vai a R$ 5,199; Bolsa sobe

O que aconteceu

Ataque de Israel ao Irã impactou o dólar, mas ‘susto’ passou. A moeda americana chegou a registrar alta pela manhã, após o lançamento de mísseis contra instalações nucleares do Irã. O ataque, atribuído pelas fontes de inteligência dos Estados Unidos a Israel, ainda não foi confirmado por Tel Aviv. Teerã minimizou o incidente e indicou que não tinha planos de retaliação, que acalmou o mercado.

Mercado segue pessimista com o futuro dos juros nos EUA. Dados de inflação e do varejo divulgados nos últimos dias reforçaram os argumentos para que o Fed (Federal Reserve, o BC americano) seja cauteloso e adie a redução dos juros. Ontem (18), o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, e o presidente do Fed de Nova York, John Williams, reforçaram não haver pressa para cortar os juros.

Manutenção dos juros nos EUA tende a impulsionar o dólar. Isso acontece porque, com juros elevados, os investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa dos EUA, considerado muito seguro. Por outro lado, sinais de que o Fed vai começar a reduzir os juros em breve tendem a impulsionar moedas mais arriscadas, porém mais rentáveis, como o real.

A alta do dólar na semana reflete a expressiva saída de capital estrangeiro do Brasil, mas a justificativa não fica restrita a questões internas. Vemos um movimento geral de valorização do dólar frente às moedas dos países emergentes, também influenciada pela possibilidade de manutenção dos juros nos EUA. No meu ponto de vista, o dólar encontrou uma nova região de preço, que é entre R$ 5 e R$ 5,20.
Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital

(Com Reuters)


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