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Dengue: Conquista continua em epidemia, afirma representante da Sesab

A cidade de Vitória da Conquista permanece continua em estado de epidemia de Dengue. A afirmação é da diretora Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Márcia São Pedro.

Em entrevista ao Band Cidade, a representante da secretaria informou que além dos mais de 35 mil (35.419) casos registados no município, até o dia 10 de agosto, a semana epidemiológica 32 (entre 04 e 10 de agosto) teve o coeficiente de incidência de 9.550 casos a cada 100 mil habitantes. São 1.636 casos graves, com 26 óbitos.

Márcia São Pedro explicou porque Conquista é a cidade com maior número de casos de dengue no estado. De acordo com ela, para o controle da doença, o município precisa trabalhar em outras frentes além da saúde, como o saneamento básico, infraestrutura e limpeza urbana.

Segundo a entrevistada, em Conquista, apenas 53% das pessoas são assistidas pela atenção primária, o que dificulta o combate à doença, o ideal é que, no mínimo, 70% das pessoas estejam assistidas. Outro agravante é a circulação do Denv-2, que é outro sorotipo da doença, o que faz com que pessoas que já tenham contraído a doença uma vez, através de outro sorotipo, corram o risco de contrair novamente.

Para que o segundo semestre do ano tenha índices menores que o primeiro, Márcia São Pedro fala das responsabilidades, tanto do estado, do município e do cidadão. Segundo ela, o estado tem feito ações, por meio do Corpo de Bombeiros, para conscientização da população e também a utilização dos carros fumacê. A diretora Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado, detalhou na entrevista que, em fevereiro, 10 carros rodaram pelas ruas de Vitória da Conquista e, agora em agosto, mais 9 carros foram utilizados.

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De acordo com ela, o município tem a responsabilidade de identificar e limpar os pontos de proliferação do mosquito aedes aegypti, comprar bombas costais, promover ações diárias e assegurar a carga horária dos agentes epidemiológicos que promovem essas ações. Por outro lado, a população também tem que cumprir seu papel, que é identificar e eliminar focos de proliferação em suas casas.

Além dos casos de dengue, também foram confirmados 111 casos de Chigungunya e 85 casos prováveis de zika.

A diretora também falou da febre de Oropouche, que teve um grande número de casos registrados na Bahia, já são 916 em 38 municípios, com duas mortes registradas. Na região sudoeste, são dois casos registrados na cidade de Caatiba e um em Nova Canaã. De acordo com ela, a Sesab já faz ações de orientação e combate ao vetor de transmissão, que é o moquito-pólvora ou maruim, que é muito pequeno e mais comuM em regiões úmidas.

Ela ressalta que as precauções que a população pode tomar são o uso de roupas compridas e de repelente.
Márcia também alertou que todas as pessoas estão suscetíveis a contraírem a doença, já que ninguém havia tido esta enfermidade porque ela era comum somente na região Norte do país, se propagando em outras regiões do Brasil somente este ano.

Por Matheus Guimarães

Confira a entrevista completa:

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