
Em entrevista ao Jornal Band News nesta terça-feira (18), a delegada da Polícia Civil, Karla Rodrigues, detalhou o andamento da investigação sobre a morte de Davi Nunes Moreira, de 14 anos. Segundo a delegada, a polícia teve conhecimento do caso por meio do levantamento cadavérico e de informações fornecidas por vizinhos.
“Esse jovem de 14 anos amassou uma borboleta, misturou com água e injetou o líquido na própria perna. A perna começou a inchar, e ele foi encaminhado ao Hospital de Planalto. Depois, devido à gravidade do caso, foi transferido para Vitória da Conquista, onde veio a óbito”, explicou a delegada.
Sobre a dinâmica familiar, Rodrigues destacou que o pai do adolescente cria os filhos sozinho. “Nosso trabalho inclui ouvir os familiares e também os médicos que prestaram atendimento ao jovem. A mãe também será chamada para depor, pois ela não convivia com ele”, afirmou.
Alerta para os pais
Rodrigues enfatizou a importância da atenção dos pais ao comportamento dos filhos. “Os pais precisam estar atentos ao que os filhos fazem e ao que consomem na internet. Muitos adolescentes passam longos períodos sozinhos em casa, e é essencial que os pais acompanhem suas atividades e interesses”, disse.
Ela destacou que é necessário verificar o que as crianças e adolescentes guardam em seus quartos e quais são seus hábitos. “O caso nos mostra como é importante dialogar com os filhos e compreender seus pensamentos e influências. A fantasia pode se tornar um risco quando não há orientação adequada”, alertou.
Investigação em andamento
A Polícia Civil continua coletando provas e aguardando os resultados dos exames periciais para esclarecer a causa da morte. “A seringa usada pelo jovem foi recolhida para análise. Os laudos periciais serão fundamentais para esclarecer os detalhes da tragédia”, explicou Rodrigues.
A Polícia Civil tem um prazo de 30 dias para concluir o inquérito. No entanto, a polícia pode prorrogar esse prazo, dependendo dos resultados da necropsia. “Precisamos aguardar os laudos periciais para uma conclusão precisa sobre a causa da morte”, afirmou a delegada.
Medidas preventivas
Para evitar situações semelhantes, a Polícia Civil, em parceria com outros órgãos, está estudando formas de conscientização. “Estamos trabalhando para garantir que casos como esse não se repitam. A educação sobre os riscos dessa prática será uma das frentes de trabalho”, concluiu Rodrigues.
A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que, seguindo as diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM), não divulgará mais informações sobre o caso, a fim de preservar o sigilo médico e a privacidade da equipe envolvida.
Confira e entrevista completa: