A Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Vitória da Conquista divulgou nesta quarta-feira (22), que o município alcançou a marca de 20 dias sem homicídios registrados.
Segundo o DHPP, esse resultado mostra uma tendência de queda dos índices de violência letal. Entre os anos de 2021 e 2024, houve uma redução expressiva de casos de homicídios. Em 2021 foram registrados 97 homicídios, 49 no ano de 2022, 65 em 2023 e 71 em 2024.
Mesmo com o pequeno aumento no último ano, que segundo a DHPP, está relacionado a conflitos em determinados bairros da cidade, as autoridades trabalham de forma integrada e constante para manter a segurança da população.
A Polícia Civil, juntamente com a Polícia Militar, Poder Judiciário e o Ministério Público, desempenham papéis na redução da criminalidade. A DHPP liderou ações estratégicas, como a Operação Circundare, que resultou no cumprimento de 40 mandados de prisão, na apreensão de adolescentes infratores e na realização de buscas e apreensões. Além disso, as investigações têm identificado mandantes e executores de crimes, garantindo maior eficiência na resolução dos casos.
Outra medida fundamental foi a rapidez nos julgamentos conduzidos pelo Judiciário, o que contribui para combater a sensação de impunidade.
Apesar da tendência de queda nos homicídios, 2024 registrou uma alta pontual em bairros como Bruno Bacelar, Miro Cairo, Lagoa das Flores, Urbis VI, Vila América, Conveima I e II, Kadija e Patagônia.
Esse aumento foi impulsionado por disputas territoriais entre facções criminosas envolvidas no tráfico de drogas, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os traficantes envolvidos nas disputas, destacam-se indivíduos identificados como C.P.R. (“Argentino”), J.S.C. (“NEM”), “Mineiro/Guerreiro”, P.H. e “Zoi de Gato”. Essas disputas acirraram os conflitos, contribuindo para o aumento da violência em algumas localidades.
Com os esforços conjuntos das forças de segurança e do sistema de Justiça, as autoridades buscam consolidar a queda nos homicídios e garantir mais segurança para a população em 2025.
Por Matheus Guimarães
