Economia

Conceição Tavares tem lugar garantido no panteão dos grandes economistas

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Desse típico estilo de relacionamento pessoal de Conceição Tavares, um episódio curioso ocorreu na festa de seus 80 anos, em abril de 2010. Na mesa principal, a economista reuniu a ex-presidente Dilma Rousseff, ex-aluna na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e o economista, ex-governador e senador licenciado, José Serra, com quem dividiu textos econômicos. Dilma e Serra eram pré-candidatos concorrentes às eleições presidenciais em outubro daquele ano.

Desenvolvimento econômico

Com influências de sua passagem pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina), em Santiago, no Chile, que reunia a nata do pensamento estruturalista da região, Conceição se tornou expoente dos estudos sobre desenvolvimento econômico em países na periferia do capitalismo mundial, a partir de 1968. Na sua vasta produção acadêmica, destacam-se justamente os textos sobre esse tema.

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Dois de seus artigos, escritos entre a década de 70 e de 80 do século passado, são produções que se tornaram clássicas, na literatura latino-americana sobre desenvolvimento econômico. O primeiro, de 1970, “Além da Estagnação”, foi escrito em conjunto com José Serra, quando ambos trabalhavam na Cepal. O segundo, de 1983, abre a coleção de ensaios publicados no livro “Da substituição de importações ao capitalismo financeiro: ensaios sobre economia brasileira”.

Criticam-se, nos dois trabalhos, a ideia original de Celso Furtado, segundo a qual a economia, na região, tendia à estagnação. O argumento contrário, levantado por Conceição Tavares e Serra, era o de que o modelo de crescimento vigente tenderia não à estagnação, mas a uma expansão caracterizada por concentração de renda.

Preocupações sociais

Preocupações sociais com os modelos econômicos sempre estiveram presentes na trajetória de Conceição Tavares, e são a principal marca de seu legado. Já na década de 70 do século passado, fundou juntamente com alunos, entre os quais o economista e ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, seu primeiro presidente, o IERJ (Instituto de Economistas do Rio de Janeiro). O IERJ foi o responsável por trazer para o debate público a concentração de renda na sociedade brasileira, potencializada pelo “milagre econômico”.

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