O Comitê de Gestão de Crise da Prefeitura de Vitória da Conquista, no Sudoeste da Bahia, discute ações para contornar os estragos provocados pelas fortes chuvas que atingem a cidade.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o município está em alerta laranja até terça-feira (26). Ou seja, há um risco alto de ocorrência de fenômenos climáticos, como chuvas intensas, ventos fortes, descargas elétricas, alagamentos e queda de árvores.
De acordo com a prefeitura, até as 11h de sábado (23), choveu, em média, 41,36 mm em Vitória da Conquista. Foram 9,76 mm a mais em comparação ao boletim divulgado às 6h pela Defesa Civil Municipal.
Segundo o engenheiro da Defesa Civil do município, Gabriel Queiroz, ações preventivas foram realizadas.
Antes do período das chuvas, a gente já vinha, a pedido da prefeita, através das secretarias todas envolvidas, através do Comitê de Crise, já organizando algumas ações de cunho preventivo para evitar transtornos à população. A gente sabe que algumas situações que é possível evitar, a gente conseguiu amenizar esses danos”
Gabriel também falou das ocorrências que foram atendidas pelo Comitê de Crises durante os dias de alerta laranja do Inmet.
Na sexta-feira a gente teve uma situação ali no Conveima, um alagamento na via, onde houve uma maior concentração de chuva na zona sul da cidade e, especificamente, naquele ponto, a gente acabou tendo um gargalo, mas coisa de 40, 50 minutos já havia escoado toda a água para dentro do sistema de drenagem”
Ele também destacou outros danos:
Nós tivemos algumas casas que sofreram com o alagamento, já foram atendidas anteriormente pela defesa civil, se encontram em áreas críticas, e, apesar das ações paliativas que foram executadas, houve ainda um alagamento em menor proporção. Essas famílias estão sendo acompanhadas pela defesa civil e pela Secretaria de Desenvolvimento Social”
A Defesa Civil também realiza ações na zona rural de Vitória da Conquista, como explicou Gabriel Queiroz.
Em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, nós temos algumas ações que já foram executadas. Previamente foi feito todo um planejamento para a manutenção das estradas vicinais e durante os períodos de chuva, junto com as subprefeituras, a gente também vem acompanhando essas situações das estradas, permanecemos reconstruindo, recuperando algumas estradas que sofreram danos maiores e a gente também vem monitorando também os níveis de açudes, barragens, que se encontram executadas na zona rural”
De acordo com o meteorologista da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Rosalve Lucas, a quantidade de chuvas desde a sexta-feira (22) correspondeu à quantidade prevista para o mês.
Desde sexta-feira, 22 de novembro, até agora, dia 25, choveu 125,4 milímetros. Isso, para se ter ideia, o mês de novembro inteiro, a média climatológica é 124,5. Ou seja, a gente nesses dias, de sexta-feira até agora, choveu o equivalente ao mês inteiro esperado para o mês de novembro”
Ainda de acordo com a administração da cidade, apesar de alguns pontos terem ficado alagados e árvores terem caído, até o momento, não há registro de ocorrências em residências.
A Defesa Civil ainda orientou que, em caso de chuvas intensas, a população evite sair de casa e procure um local seguro.
Em caso de emergência, a população deve acionar o órgão, por meio do número 199, ou pelo WhatsApp (77) 98856-5070. As equipes atuam em regime de plantão, durante 24 horas.
Rosalve Lucas falou que o período de chuvas para Vitória da Conquista é entre os meses de novembro e março, e também falou qual a previsão das chuvas para os próximos meses.
E vai continuar assim durante todo o período chuvoso, com pancadas de chuva, com pequenas pausas, chuvas isoladas, mal distribuídas também, seguido com dia de sol, nebulosidade. E esse vai continuar pelo menos até o mês de março de 2025. Lembrando, ainda, que o período mais crítico, o mais pesado em termos de quantidade de chuva, chuva extrema, sempre ocorre nos meses de dezembro e janeiro, ou seja, devemos nos preparar para os problemas que sempre ocorrem nessa chuvarada, raios, trovões, ruas alagadas e outros transtornos que sempre acontecem nesse período que a gente já está relativamente acostumado”.
Por Matheus Guimarães, sob supervisão