Bancários de Vitória da Conquista protestam contra demissões em massa e fechamento de agências do Bradesco
Na manhã desta segunda-feira (28), trabalhadores do Bradesco em Vitória da Conquista se uniram ao Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região (SEEB/VCR) para protestar contra as demissões em massa e o fechamento de agências, ações que têm impactado diretamente a categoria e a comunidade local

Na manhã desta segunda-feira (28), o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região (SEEB/VCR) liderou um protesto em frente às agências do Bradesco Maximiliano Fernandes e Barão do Rio Branco, em reação às recentes demissões em massa e ao fechamento de unidades da instituição. Durante a manifestação, as agências ficaram fechadas até o meio-dia, como forma de pressionar o banco a rever suas decisões que têm afetado tanto os trabalhadores quanto a população local.
Inicialmente, a agência Bradesco Barão do Rio Branco ficou fechada por apenas uma hora devido ao protesto. Já a agência Bradesco Maximiliano Fernandes permanece interditada até o meio-dia, conforme comunicado do Sindicato. A mobilização busca chamar a atenção para os impactos das medidas do banco, que vão além dos cortes de emprego, afetando também a qualidade do atendimento e a saúde dos funcionários.
Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR, destacou o motivo da paralisação: “Nós estamos paralisando o serviço na agência do Bradesco e na gerência regional também até o meio-dia justamente para denunciar à sociedade a prática que o banco vem fazendo de fechamento abrupto das unidades e demissão em massa dos trabalhadores sem negociação com a representação sindical. A sociedade precisa saber que o banco vem fechando várias agências aqui na cidade e na região. Inclusive a agência da Praça Barão do Rio Branco é uma vítima, é a próxima vítima do fechamento das unidades aqui em Vitória da Conquista, e vários trabalhadores e trabalhadoras estão sendo demitidos sem a negociação”, afirmou.


Segundo o presidente do Sindicato, a falta de negociação tem sido uma constante por parte do Bradesco. “O banco vem promovendo o fechamento de unidades, demissão em massa, e não tem feito nenhuma negociação conosco, nem com a Justiça do Trabalho, com o Ministério Público do Trabalho, para que a gente possa achar uma alternativa para essa situação. Como a gente sabe, demissão em massa precisa ser negociada com os trabalhadores, e infelizmente o banco vem achando formas de maquiar esse cenário de demissão em massa. Já no ano passado, milhares de trabalhadores foram demitidos no Bradesco, e esse ano o banco já anunciou que pretende demitir cerca de 10 mil trabalhadores, mais uma vez se furtando a fazer a negociação coletiva para discutir os termos e as condições dessas demissões”, denunciou Viana.
Além de afetar os trabalhadores, as ações do Bradesco têm repercussões negativas para os clientes e a comunidade em geral. Viana destacou que a falta de funcionários e o fechamento de agências comprometem a qualidade do atendimento: “Nossa luta também é uma luta que atinge diretamente a população, pois sabemos que, quando faltam trabalhadores e agências para atendimento, o atendimento acaba se acumulando em apenas uma unidade. Consequentemente, a demora aumenta, e a população fica mais vulnerável a assaltos, como saídinha bancária, clonagem de cartão, troca de cartões. Infelizmente, os bancários não conseguem dar conta do atendimento”, explicou.
O presidente do Sindicato concluiu ressaltando a importância da luta para garantir a melhoria do atendimento à população: “A nossa luta por postos de atendimento, por postos de trabalho, também é uma luta que deve refletir na melhoria da qualidade do atendimento para a população. O que estamos enfrentando é uma questão que afeta não só os bancários, mas também os clientes que dependem dos serviços bancários de forma eficiente e segura.”