Economia

Associação do agro recorre a ex-OMC para recalcular rota de comércio

“Nada está ajudando, não está havendo um impacto real. É preciso mudar a cultura, a abordagem, a estratégia. Isso passa por mudanças na maneira de atuar dentro e fora do Brasil”, disse ele durante evento da Abag realizado nesta segunda-feira (5) em São Paulo.

Azevêdo ressalta que, mais do que o discurso, é preciso definir quais são os princípios do Brasil que devem guiar as ações de políticas públicas no exterior. Afinal, “a realidade externa se impõe, na maior parte das vezes, às discussões de planejamento”. Por isso, o país necessita saber mapear seus interesses e “tem que ter sofisticação, caso a caso, em defesa do interesse nacional”.

Construção de diálogo

O trabalho de consultoria à Abag tem um longo percurso, mas algumas premissas já estão nítidas ao embaixador. O primeiro ponto é construir um diálogo para esclarecer à União Europeia a diferença entre agricultura temperada e tropical. Algo muito básico para quem acompanha o agronegócio brasileiro, mas um conceito ainda etéreo aos parceiros europeus.

“A agricultura tropical é muito diferente da agricultura temperada. Então, se são diferentes, o diagnóstico e a mensuração têm que ser diferente. Nós não estamos falando essas coisas para negar a necessidade de serem feitas as regras [da EUDR]. Isso não é discurso vazio, não é uma maneira de achar desculpas para não fazer [o que europeu demanda], mas é uma tentativa de dizer como efetivamente cooperar”, afirma Azevêdo.

Esse princípio de esclarecimento das condições geográficas é algo relevante não apenas ao Brasil, de acordo com o embaixador, mas é do interesse de todos os países que vivem desconfortos parecidos e são afetados pela imposição europeia, seja o Hemisfério Sul ou mesmo os Estados Unidos.


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