Durante últimos dias, Vitória da Conquista tem registrado altas temperaturas. Nesta quinta-feira (9) a temperatura máxima chegou a 28º, com sensação térmica de 32º, de acordo com o The Wether Channel, o canal do tempo.
Na sexta (11) e sábado (12), a previsão é que a temperatura chegue a 30º e 31º, respectivamente.
Em entrevista exclusiva à Band Conquista, o meteorologista da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Rosalve Lucas, mencionou os fatores que estão influenciando para esse aumento de temperatura.
“Isso é resultado de dois fatores que a gente pode elencar. Primeiro é o natural, que é justamente o aquecimento anormal das águas dos oceanos que está acontecendo e que nós estamos registrando. E o segundo é relacionado a fatores humanos, provocado pelo homem, que são justamente as queimadas”.
Segundo o meteorologista, estes fatores têm gerado grandes poções de massa de ar quente estacionadas na atmosfera superior, diminuindo, então, a umidade relativa do ar, o que gera maiores temperaturas e dificulta a formação de chuvas.
Essas condições climáticas podem ocasionar problemas de saúde para a população, como processos alérgicos, insolação e ressecamento nasal, que é mais comum em crianças e idosos.
Rosalve menciona que as altas temperaturas têm preocupado, porque o verão ainda não iniciou:
“É preocupante quando a gente percebe que o quadro que se está desenhando daqui para a frente, essas altas temperaturas, baixa umidade, esses bolsões de ar quente, frente quente misturada com frente fria, chuvas que são mal distribuídas, cedo ou tarde esses desarranjos climáticos vão chegar no ponto de difícil retorno”.
Para amenizar esta situação, medidas de precaução como reduzir os índices de prática de queimadas devem ser tomadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz recomendações para a população se proteger das altas temperaturas como o uso de protetor solar, evitar a exposição direta ao sol, usar chapéus e óculos escuros, usar roupas leves e repousar frequentemente em locais à sombra, frescos e arejados.
Por Amanda Motta, sob supervisão