Advogada baiana é presa por liderar esquema criminoso de desvio de R$ 600 mil
A prisão é fruto de uma operação integrada entre a Polícia Civil da Bahia e a Polícia Civil de Minas Gerais, que investigam o caso desde o ano passado.

Uma advogada baiana foi presa em Belo Horizonte, Minas Gerais, nesta terça-feira (8), sob a acusação de liderar um esquema criminoso que desviou cerca de R$ 600 mil por meio de fraudes contra o sistema judiciário e instituições bancárias com foco no saque indevido de precatórios.
A suspeita, que cumulava milhares de seguidores nas redes sociais e era conhecida por ostentar uma vida de luxo, foi identificada como a principal responsável por coordenar a fraude.
Segundo a Polícia Civil, outros advogados também estariam envolvidos no esquema, o que ampliava a complexidade da operação criminosa.
De acordo com o delegado Thomas Galdino, diretor do Departamento Especializado de Investigação Criminais (DEIC) da Polícia Civil da Bahia, a operação evidencia a importância da cooperação entre os estados no combate ao crime organizado e ao enfrentamento de fraudes sofisticadas. “Após uma investigação minuciosa, conseguimos localizar a principal suspeita e, com a colaboração das forças policiais de Minas Gerais, seguimos investigando outros possíveis envolvidos”, afirmou Galdino.
As investigações indicam que o grupo criminoso atuava realizando saques indevidos de precatórios, documentos emitidos pelo poder judiciário que determinam o pagamento de dívidas do governo com cidadãos ou empresas. O esquema consistia em falsificar dados e documentos para transferir os valores de precatórios a contas bancárias controladas pelos criminosos.
A atuação da advogada, que utilizava seu conhecimento jurídico para manipular o sistema, chamou a atenção das autoridades. Segundo fontes da investigação, ela estava diretamente ligada ao planejamento e à execução das fraudes, que ocorreram em diversos estados do país. A prisão da advogada em Belo Horizonte foi um marco nas investigações, que seguirão com o intuito de identificar e prender outros membros do grupo.
Especialistas apontam que o caso também chama atenção para o uso indevido da profissão de advogado em atividades ilícitas, uma vez que a confiança no sistema judiciário é fundamental para o funcionamento da justiça no país.
A polícia ainda investiga outros possíveis envolvidos e as ramificações do esquema criminoso, que pode ter prejudicado não apenas o sistema bancário, mas também vítimas que aguardavam o pagamento de precatórios.
por Ana Flávia Costa, sob supervisão