Tecnologia

ele salva artistas do algoritmo

Em 2007, trabalhando como músico, ele fazia diversos shows. O desafio era atingir as pessoas que gostavam de sua música, mas as casas noturnas estavam sempre vazias. Agora, a ideia parece simples, mas, naquela época, ele aderiu a uma novidade: postou suas músicas gravadas no YouTube. Primeiro, vieram visualizações esporádicas. Com a invenção do botão de “inscrever-se”, Jack se deparou com a possibilidade de ver seguidores surgirem. Eram pessoas que e queriam receber o próximo vídeo.

Isso mudou o futuro da criatividade na internet. Era muito melhor do que tocar em bares vazios. De repente, percebi que as casas começavam a lotar. (…) Um dia, tinha US$ 30 mil na minha conta. Nunca tinha visto tanto dinheiro junto. O botão de ‘inscrever-se’ mudou minha vida. É o mais perto de magia que já vivi
Jack Conte, CEO do Patreon

Criando comunidades

Para ele, o botão do Youtube é o começo da ideia de seguidor, depois popularizado em outras redes sociais. Ao ver gente interessada em sua música, Jack expandiu: vendeu sabonetes com o logo da banda, pen drives de música e a fez campanhas ao disponibilizar online discos novos para quem doasse livro para a biblioteca da cidade norte-americana de Richmond – ela teve que alugar containers para guardar tudo.

Quando o Facebook criou o ranking por engajamento, tudo mudou. “O novo sistema das redes sociais funcionava para as Big Techs, porque mais gente ficava por mais tempo rolando a tela. Mas foi péssimo para a criatividade do artista. Meus seguidores podem não ver minhas postagens e eu deixo de fazer o que é importante para eles. Não penso mais nos meus objetivos para fazer um conteúdo que se espalhe. Me preocupo apenas com os objetivos do algoritmo”, ele diz.

O surgimento do TikTok, no começo dessa década, acentuou essa transformação – a navegação “para você” não permite a criação de comunidades. O algoritmo decide o que você vai ver.




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