Terremotos podem formar pepitas de ouro gigantes; entenda como ocorre

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O papel da eletricidade
O processo depende de estímulo elétrico, e a piezoeletricidade, também conhecida como “eletricidade de pressão”, é uma propriedade bem documentada do quartzo desde a década de 1880, quando foi descoberta pelos físicos franceses Jacques e Pierre Curie. Como o nome sugere, é a capacidade de um material gerar carga elétrica se colocado sob pressão mecânica. Isso não é observado apenas no quartzo: ocorre naturalmente na cana de açúcar e até em ossos e seu princípio básico deu origem a outras criações como impressoras com jato de tinta. A diferença é que o quartzo é o mineral natural com piezoeletricidade mais abundante da Terra.


Outro fato que os cientistas (e até garimpeiros) já conheciam, por pura observação, é a existência de ouro dissolvido em fluidos nas camadas mais superficiais da Terra que acabaria “infiltrando” no quartzo. Este “vazamento” entre os cristais não surpreendia em pequenas quantidades, mas até então não havia uma explicação razoável para a formação de grandes pepitas.
O que este estudo fez foi criar uma ligação entre dois conceitos ou realidades, até então, independentes. E a grande pergunta era: como nanopartículas de ouro teriam energia suficiente para criar a reação necessária para rachar a superfície do quartzo em grandes proporções e formar uma pepita?
Como foi o experimento
Para estudar as reações envolvidas no processo de formação das pepitas, os cientistas australianos mergulharam pedaços de quartzo em água com ouro dissolvido. Então, eles submeteram o quartzo a vibrações semelhantes àquelas que acontecem naturalmente durante um terremoto. E o resultado foi surpreendente: formações de ouro infiltraram no quartzo e “subiram” para a superfície do cristal.
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