Rune confessa: ‘No estava preparado para ser o N 4 do mundo’
O dinamarquês Holger Rune, atual 14º do mundo, concedeu entrevista em Riad, na Arábia Saudita, e confessou que não estava preparado para ser um top 4 com tão pouca idade.
O tenista vem vivendo uma dança das cadeiras de treinadores tendo já trabalhado com Patrick Mouratoglou, Boris Becker, Severin Luthi e agora voltando com o técnico de infância
Lars Christensen. Agora o dinamarquês quer recuperar a estabilidade.
“Aprendi muito com todos os treinadores. Depois de trabalhar com o mesmo treinador durante 15 anos, acho que foi importante para mim tentar algo diferente e me inspirar nos outros para depois entender o que era melhor para o meu jogo e para a minha carreira.
Se eu não tivesse feito naquele momento, certamente precisaria fazer em outro momento. Agora tentei abordagens diferentes e todas serviram de inspiração: no final funcionam ou não. Todos nós nos esforçamos para nos tornarmos os melhores jogadores de tênis que podemos ser e sabemos quando estamos realizando nosso potencial ou não. Agora sei muito melhor o que preciso e o que funciona para mim”, confessou Holger ao QuindiciZero. Aparentemente, o dinamarquês aprecia esta “dança do treinador”, pois o ajudou a entender o que quer e o que precisa para o seu tênis e para a sua mente trabalhar.
“Sinceramente, eu merecia estar entre os 7 ou 8 primeiros por causa dos meus resultados entre o final de 2022 e o início de 2023. Mas chegar ao quarto lugar no ranking não foi fruto do meu próprio trabalho, foi um presente devido ao os resultados dos outros jogadores que estavam acima de mim e que não defenderam os pontos do ano anterior. Naquela época eu não estava preparado, meu jogo não era top 4, nem minha mentalidade.
Agora sinto que tenho muito mais experiência e essa parte é importante porque é preciso se adaptar da maneira certa para permanecer nesse nível. Algumas pessoas fazem isso mais rápido do que outras, agora me sinto confortável em todos os aspectos do jogo. Isso torna o aspecto mental menos exigente e gera energia para voltar a desenvolver o meu jogo. Então agora me sinto bem com tudo.”
O dinamarquês quer aproveitar a rivalidade com os seus companheiros de geração para empurrá-lo para ser melhor a cada dia, uma rivalidade que um jogador tão apaixonado como ele gosta muito. “Gosto de jogar contra o Sinner, são sempre jogos de alto nível. Ele é muito profissional em tudo o que faz. Claro que gosto mais quando ganho, como em Munique no ano passado. Jogos como esse podem ser de ida e volta e é ainda é bom jogar contra eles. Quanto à Itália, gosto muito, assim como gosto dos italianos. Eles têm muita paixão, o que talvez seja o que falta um pouco na Escandinávia. Tenho muita paixão quando jogo. e acho que é por isso que gosto tanto da Itália. Os torcedores transmitem a energia que todos gostamos”, concluiu.