Tecnologia

punição a Marçal não resolve ação orquestrada de cortes virais

Caso o argumento cole na decisão final, o juiz poderia entender que o campeonato de “cortes”, por mais que esteja proibido e eventualmente encerrado a partir da liminar, gera um resultado mais duradouro, já que os usuários nas redes aprenderam a subir esse conteúdo e podem ser monetizados pelas próprias redes com a visualização dos “cortes”, que também já conseguiram ocupar um lugar de destaque nos feeds de quem engajou com esses conteúdos anteriormente.

Os algoritmos de recomendação de conteúdo das redes poderiam assim perpetuar os efeitos do que inicialmente se começou através do campeonato de “cortes”.

Aqui a solução é bem mais complexa, já que não se pode esquecer que ao lado do componente tecnológico existe todo um contexto cultural e político que impulsiona a candidatura de Marçal.

A identificação dos eleitores com suas ideias não é fruto da Internet, mas de visões compartilhadas sobre temas como segurança, trabalho, corrupção no serviço público, empreendedorismo e sucesso profissional.

Se o que ele fala não ressoasse nas pessoas, o fim do campeonato de “cortes” seria um ponto final nas chances do candidato, o que não é o caso.

Essa é uma questão que sai do Direito e ingressa nos debates sobre política, sociologia e a formação das visões de mundo.




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