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Por que poderemos ter mais auroras e tempestades solares

Mais em risco estão os dutos metálicos que corroem quando uma corrente elétrica passa por eles. Não se trata de um efeito instantâneo, mas há um lento acúmulo de material em erosão. Isso pode ter um efeito muito forte na infraestrutura, mas é muito difícil de detectar.

Embora as correntes no solo sejam um problema, elas são um desafio ainda maior no espaço. Os satélites têm uma quantidade limitada de aterramento, e um surto elétrico pode destruir instrumentos e cortar as comunicações. Quando um satélite perde as comunicações dessa maneira, ele é chamado de satélite zumbi e, muitas vezes, perdido completamente, causando um prejuízo muito grande.

As alterações no campo magnético da Terra também podem afetar a passagem da luz. Não podemos ver essa alteração, mas a precisão de sistemas de localização no estilo do GPS pode ser fortemente afetada, pois a leitura da localização depende do tempo decorrido entre o dispositivo e um satélite. O aumento da densidade de elétrons (o número de partículas no caminho do sinal) faz com que a onda se curve, o que significa que leva mais tempo para chegar ao seu dispositivo.

As mesmas alterações também podem afetar a velocidade da largura de banda da Internet via satélite e os cinturões de radiação do planeta. Esses cinturões são um toro (uma forma geométrica como uma rosquinha) de partículas carregadas altamente energéticas, principalmente elétrons, a cerca de 13.000 km de distância da superfície da Terra. Uma tempestade geomagnética pode empurrar essas partículas para a baixa atmosfera. Nesse local, as partículas podem interferir nas transmissões de rádio de alta frequência (HF) usadas por aeronaves e afetar as concentrações da camada de ozônio.

As auroras não estão limitadas à Terra – muitos planetas as têm, e elas podem nos dizer muito sobre os campos magnéticos que existem nesses objetos celestes. Um aparelho específico usado para simular auroras é a “planeterella”, desenvolvida pela primeira vez no início dos anos 1900 pelo cientista norueguês Kristian Birkeland.

Nele, uma esfera magnética (representando a Terra) é colocada em uma câmara de vácuo, e o vento solar é simulado disparando elétrons contra a esfera. Temos dois desses instrumentos no Reino Unido em universidades e, aqui na Nottingham Trent University, recentemente ajudei um aluno a construir uma versão econômica como projeto de mestrado.




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