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Pastor Edimar Brito é condenado a 32 anos de prisão por duplo homicídio em Vitória da Conquista

Julgamento ocorreu nove anos após o crime, que chocou a população baiana

O pastor Edimar da Silva Brito foi condenado a 32 anos de prisão pelo assassinato da pastora e professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Marcilene Oliveira Sampaio, de 38 anos, e de sua prima Ana Cristina Santos Sampaio, de 37 anos. O julgamento aconteceu na última terça-feira (11), em Vitória da Conquista, quase nove anos após o crime, ocorrido em janeiro de 2016.

As investigações conduzidas pelo delegado Marcus Vinicius, da 10ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), apontaram que Edimar foi o mandante do duplo homicídio, motivado por vingança. O desentendimento teve início quando Marcilene e Ana Cristina decidiram deixar a igreja do pastor e fundar um novo ministério, levando consigo a maior parte dos fiéis.

Na noite de 19 de janeiro de 2016, o pastor Edimar e dois cúmplices, Adriano Silva dos Santos e Fábio de Jesus Santos, sequestraram as duas mulheres e o marido de Marcilene, que também era pastor evangélico. O grupo os levou até uma estrada na zona rural de Vitória da Conquista, próximo ao município de Barra do Choça. No local, Marcilene e Ana Cristina foram brutalmente assassinadas a pedradas. O marido da professora também foi espancado, mas conseguiu fugir e buscar ajuda.

Após o crime, Edimar permaneceu foragido por algumas semanas, sendo preso posteriormente. Adriano e Fábio confessaram a participação no homicídio e confirmaram que o crime foi planejado sob as ordens do pastor.

Durante o julgamento, realizado quase nove anos depois do crime, o Tribunal do Júri considerou Edimar Brito culpado pelos assassinatos. A pena determinada foi de 32 anos de prisão em regime fechado.

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O caso ganhou grande repercussão na Bahia e foi um dos crimes mais chocantes registrados em Vitória da Conquista nas últimas décadas. A brutalidade do homicídio e o fato de o mandante ser um líder religioso geraram forte comoção na época.

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Foto: Pedro Aguiar/Band Conquista

Em entrevista à Band Conquista, o delegado Marcus Vinicius detalhou a participação de Edimar no crime. “Ele, com as pedras, ceifou a vida da pastora Marcilene, uma pessoa extremamente querida em Conquista, professora da Uneb, e de sua prima. Enquanto Adriano, seu comparsa, estava ao lado dele, portando uma arma de fogo para intimidar as vítimas. Esse crime merece uma resposta à altura.”

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Foto: Pedro Aguiar/Band Conquista

O delegado Thiago Michell de Almeida Alves, adjunto de Homicídios, afirmou que a Polícia Civil da Bahia, com apoio da 10ª Coorpin, segue utilizando estratégias de inteligência para cumprir o mandado de prisão expedido pela justiça. “Agora iremos empreender inteligências para cumprir o mandado de prisão expedido pela magistrada, diante da decisão do júri, para minimizar as dores das famílias e dar uma resposta à sociedade conquistense e baiana”, declarou.

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Foto: Pedro Aguiar/Band Conquista

O delegado Gustavo Tortorelli, do plantão central da Delegacia de Vitória da Conquista, relembrou os momentos após o crime. “No dia em que assumi o plantão, a equipe do doutor Marcus Vinicius já havia localizado Fábio, um dos autores do crime. Ele confessou por volta de onze horas da manhã e contou toda a dinâmica do crime. Com base nisso, os corpos foram localizados em uma área de matagal próximo à Estrada da Barra. Fábio foi preso em flagrante, e Adriano posteriormente, portando uma arma de fogo. O pedido de prisão preventiva de Edimar foi concedido e ele foi preso uma semana depois”, explicou.

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