‘Operação Coronelismo’: prefeitura de Ilhéus volta a ser alvo de buscas pela PF

As investigações apontam o uso ilegal da estrutura pública municipal com uso de servidores, veículos e combustíveis em benefício de uma coligação partidária.

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (1º) nove mandados de busca e apreensão em uma operação que investiga crimes eleitorais em Ilhéus. Segundo nota enviada pela corporação, as medidas são cumpridas na cidade do sul da Bahia, além de Conceição do Coité e Salvador.

Com autorização do Ministério Público Eleitoral, a Operação Coronelismo apura fraudes de documentos e superfaturamento de contratos para o benefício de um grupo político. A estrutura pública municipal seria usada ilegalmente para favorecer uma coligação partidária: servidores, veículos e combustíveis.

Foto: Divulgação/ PF
Foto: Divulgação/ PF

Segundo a nota da PF, “os investigados poderão responder pelo crime de utilização de veículo público em campanha eleitoral (Art. 11, V e parágrafo único, da Lei 6.091/1974), cuja pena é o cancelamento do registro do candidato ou de seu diploma, bem como pelos crimes de peculato (Art. 312 do Código Penal), de falsificação de documento público (Art. 297 do Código Penal) e de associação criminosa (Art. 288 do Código Penal). Os crimes investigados nos autos também podem configurar abuso do poder econômico e improbidade administrativa”.

A prefeitura de Ilhéus foi alvo de outra operação na semana passada. O atual prefeito, Mário Alexandre, e o candidato à prefeitura apoiado por ele, Bento Lima, ambos do PSD, estavam entre os alvos da Operação Barganha, realizada na quinta-feira (26).

De acordo com a nota enviada pela PF, “o nome da operação refere-se a um período da política brasileira, há muito tempo superado, em que os coronéis se julgavam os donos do município, manipulando a população e utilizando o poder público para fins privados, cometendo inúmeras ilegalidades”.

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