‘Operação Compra de Voto’: PF cumpre 3 mandados de busca e apreensão em Caraíbas
Na terça-feira (1º), o prefeito Jones Coelho Dias foi acionado pelo Ministério Público da Bahia por causa de uma denúncia de contratação ilegal de servidores temporários
Atualizada às 10h13
Uma operação da Polícia Federal (PF) cumpre nesta sexta-feira (4) três mandados de busca e apreensão em Caraíbas, em uma operação de combate à compra de votos.
Em nota publicada nesta manhã, a PF informou que a investigação começou depois que o Ministério Público Eleitoral recebeu um denúncia anônima contendo áudios de uma suposta servidora pública de Caraíbas oferecendo R$ 800 a um eleitor para que ele votasse em um candidato a prefeito. Além disso, ela também prometeu um emprego ao eleitor. Segundo o acordo, o valor seria pago em duas parcelas de R$ 400. A suspeita ainda pede que ele indique outras pessoas interessadas.
Nos áudios, também há comentário sobre o fornecimento de combustível e pagamento de passagens para que eleitores residentes em outras cidades que se dirijam até Caraíbas para votar.
No inquérito, outro servidor da prefeitura também está sendo investigado por negociar com eleitores a compra de votos.
Em nota, o Ministério Público da Bahia informou que “caso haja comprovação de participação do candidato a prefeito, o MP entrará com representação eleitoral para responsabilização dos envolvidos, com possibilidade de perda do mandato, caso eleito, e inegibilidade, conforme prevê a Lei da Eleições (Nº 9.504/97).
Na terça-feira (1º), o prefeito Jones Coelho Dias foi acionado pelo Ministério Público da Bahia por causa de uma denúncia de contratação ilegal de servidores temporários. No mesmo dia, a Band FM procurou pelo prefeito que informou que não havia sido notificado pelo MP-BA. De acordo com a investigação, dos 949 servidores da prefeitura de Caraíbas, 845 são temporários, o que corresponde a 89% do quadro atual.
